Saiba como transportar seu animal com segurança

Levar pets de forma inapropriada nos veículos pode render multa ou custar a vida do bichinho

Postado em: 12-04-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Levar pets de forma inapropriada nos veículos pode render multa ou custar a vida do bichinho

GABRIELLA STARNECK*

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É comum de se ver, no dia a dia do trânsito, motoristas transportando animais de estimação no colo ou soltos no carro. Contudo, para os desavisados, essas atitudes podem ter um alto preço: render multa ou custar a vida do pet, já que, de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, a condução de animais de forma inadequada é considerada infração grave. 

Além das questões legislativa e financeira, a preocupação máxima de quem ama o animal deve ser a segurança dele, do próprio condutor e de todos envolvidos no trânsito. “O animal de estimação solto dentro do carro traz perigo tanto para o dono quanto para o pet – já que qualquer parada mais brusca ou até mesmo uma batida pode gerar acidentes mais graves (por causa da projeção do animal)”, afirma a veterináriaMaria Paula Gomes, da Via Pet. 

Consequências 

A multa para o motorista que transporta o animal sem a devida proteção soma cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH), e o condutor ainda precisa arcar com o valor da multa, podendo ter o veículo retido até que a situação seja regularizada. “Eu acho que, a partir do momento que se tem uma multa, as pessoas ficam mais conscientes, porque ‘prova’ que, de fato, é algo errado”, afirma a veterinária. Embora possa ser tentador deixar o bichinho passear livre pelo carro, divertindo-se ao explorar todas as janelas, é necessário  consciente.

Segundo Maria Paula,  “o maior risco é no caso de uma freada brusca ou batida. Se isso ocorrer, a inércia jogará o animal de um lado para o outro, dentro do carro, podendo causar lesões tanto nele quanto nas pessoas dentro do veículo. Por exemplo, numa colisão a 50 km/h, um cachorro que pesa 10 kg, se projetado para frente, passa a pesar 250 kg”, explica. 

Outro risco que a profissional aponta é o de o motorista distrair-se com o animal. O carinho a eles não tem limites, mas, quando a pessoa está na direção de um veículo, a atenção deve ser total ao trânsito. Segundo a pesquisa da Associação Automobilística Americana, 52% dos condutores entrevistados que levam cães no carro admitem já terem desviado sua atenção da estrada para fazer carinho ou cuidar do cachorro; 19% também tiveram de tirar as mãos do volante para impedir o animal de subir no banco da frente.

A veterinária ainda afirma que há uma falta de conscientização em relação a essas precauções: “Eu acho que isso é um problema público; esses cuidados em relação ao transporte dos animais precisa ser mais divulgado”. A profissional também comenta que, como hoje as pessoas criam pets como membros da família, a necessidade de se conscientizar sobre o transporte correto dos animais aumentou.

O que fazer? 

Para maior proteção do animal de estimação, na hora de passear de carro, é imprescindível o cinto de segurança no pet. O objeto é, basicamente, uma coleira peitoral com um adaptador que permite que ela fique presa no encaixe do cinto de segurança. Assim, o animal fica preso no banco, conseguindo se movimentar o suficiente para poder deitar e sentar – como se sentir mais confortável. A veterinária Maria Paula alerta: “Nunca prenda o cinto numa coleira de pescoço, pois pode estrangular o animal. O cinto deve ser preso em coleiras tipo peitoral”.

Transportar os animais em caixas ou cadeirinhas específicas para isso também pode ser uma opção. A veterinária explica que o espaço deve ser grande o suficiente para que o pet possa ficar em pé e se virar dentro da ‘casinha’. Depois é só prende-la com o cinto de segurança, garantindo a proteção. 

Outros cuidados ainda podem ser tomados para que o pet faça um passeio/viagem tranquila. “É bom que se evite alimentar o animal nas últimas três horas, antes da saída, para diminuir os riscos de enjoos e vômitos; procure fazer os passeios em horários mais frescos, pois o animal costuma sentir bastante calor no carro. Se o veículo tiver ar condicionado, deixe o interior do veículo com temperatura mais fresca, pois o pet irá se sentir melhor.

Já para quem planeja viajar com o animal de estimação, é bom seguir as dicas de Maria Paula: “Tenha em mente que serão necessárias paradas para dar água e para fazer as ‘necessidades’. Os locais das paradas devem ser bem escolhidos. Recomenda-se que pare apenas em postos de gasolina e/ou postos rodoviários. Evitar parar no acostamento também é importante, porque o movimento dos carros pode assustar o pet”.

*Integrante do programa de estágio do jornal O HOJE sob orientação 

da editora Flávia Popov 

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