‘Feijoada Sunset’ reúne pagode e samba neste domingo

Turma do Pagode traz a Goiânia músicas inéditas e as que embalaram gerações

Postado em: 20-04-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Turma do Pagode traz a Goiânia músicas inéditas e as que embalaram gerações

SABRINA MOURA*


Goiânia será palco para uma turma que reuniu no seu último trabalho, além de músicas inéditas, seus sucessos do samba e do pagode dos anos 1990 e 2000. A Turma do Pagode – composta por Leíz, Neni Art, Caramelo, Fabiano Art, Leandro Filé, Marceliho TDP, Rubinho e Thiagão– desembarca na Capital, neste domingo (22), para animar a Feijoada Sunset. Além do grupo, o evento conta com shows de Marquynhos SP, Chama Q Noix e Grace Carvalho.

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O evento surgiu após uma reunião entre os empresários Antonio Ariais e Hudiery. “A ideia era inovar. Como o segmento do samba e do pagode tem voltando com força total, tendo em vista que samba combina com feijoada, surgiu a Feijoada Sunset”, comenta Antonio Ariais. “A escolha das atrações é através de pesquisas nas nossas redes sociais; é feita uma enquete com alguns dos principais nomes do segmento do samba e do pagode”, completa.

O grupo Chama Q Noix teve início no ano de 2017, naquele ‘pagodinho’ por brincadeira. Com o tempo, a banda integrada por amigos foi tomando forma. Seu som é uma mistura de hip hop e rock, sem deixar de lado as raízes do samba. O grupo goiano tem várias músicas de autoria própria, e seu repertório tem sido sucesso na música brasileira.

Marquinhos SP, conhecido pelo seu samba raiz – até o mais estilizado – tem nome representativo no samba, e já participou do grupo Quero Mais. Atualmente, o cantor  está em carreira solo na música. Dentre seus projetos, realiza desde 2012 o Pagode da Patricinha. O evento tem como intuito inovar baladas e shows do segmento de samba e pagode, atribuindo a eles ritmos em que a mistura fique perfeita.

A goiana Grace Carvalho teve seu primeiro contato com a carreira artística com o teatro, por meio do qual também descobriu o amor pela música. A partir daí, a cantora passou a se apresentar em bares e restaurantes de Goiânia, no interior do Estado e em Brasília (DF) com repertório de MPB e bossa nova. Após um tempo de estrada, veio a paixão pelo samba raiz e pelo choro, dando inicio a uma carreira mais madura voltada ao samba. Passando por eventos e festivais do Estado como Fica, Canto da Primavera e Festival Gastronômico, a cantora alcançou também reconhecimento na Bahia, em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Brasília.

Segundo Ariais, trazer a Goiânia um evento voltado para o samba e o pagode “tem como meta proporcionar ao público-alvo um entretenimento de qualidade. Esse público é fiel, e, sempre que são realizados eventos do gênero, eles abraçam, ajudam a divulgar, com isso o evento se torna bacana,   atraindo cada vez mais, novos amantes do samba e do pagode”.

*Integrante do programa de estágio do jornal O HOJE sob orientação 

da editora Flávia Popov


SERVIÇO

‘Feijoada Sunset’ 

Quando: domingo (22)

Onde: All Week Food Park (Rua T. 70, nº 44, Setor Bueno – Goiânia)

Horário:  22h

Ingressos: Rival Calcados, Tribo do Açaí, Komiketo, Butchery e www.bilheteriadigital.com

Informações: (62) 99827-8049 


Entrevista : Turma do Pagode 

Como surgiu a Turma do Pagode? 

Thiagão: Nós todos crescemos na Zona Norte de São Paulo, e somos amigos de infância. Em 1994, formamos o grupo Art de Amar e começamos a tocar na noite. Em 2000, fazíamos um pagode de mesa, na Zona Norte de São Paulo, que era um sucesso, e nessa época conhecemos o Netinho de Paula. Ele teve a ideia de transformar o pagode de mesa em CD, e sugeriu que o nome mudasse para Turma do Pagode. Nós gostamos da ideia, aposentamos o antigo nome e adotamos Turma do Pagode. Como qualquer artista, passamos por grandes dificuldades, especialmente no início da carreira, mas nunca pensamos em desistir. Acreditamos que nossa carreira vem se solidificando mais, a cada trabalho, e é gratificante ver o que conquistamos. 


Como é para vocês representarem um grupo que fez parte da história de muita gente?

Marcelinho: É uma honra fazer parte da vida das pessoas. Acredito que isso acontece, porque as letras falam de situações do cotidiano, as inspirações são histórias vividas por alguém do grupo ou contadas por alguém; as pessoas se identificam curtem e abraçam o som da Turma do Pagode.


Como surgiu a ideia do álbum Misturadin?

Marcelinho: Quando começamos a falar sobre o novo trabalho, sabíamos que seria um CD e não um novo DVD, porque já estávamos vindo de quatro DVDs consecutivos. Em princípio, a ideia era fazer um EP com quatro ou cinco músicas ou fazer singles e lançar cada um com um clipe. Quando começamos a ouvir músicas para definir o repertório, havia música boa, então o Thiagão deu a grande ideia de trazer para o repertório músicas antigas de que nós gostamos, que tocamos nos pagodes semanais que fazemos, e que tem uma excelente resposta do público. Decidimos fazer algumas homenagens e, depois da seleção das músicas, chamamos os intérpretes originais para participar. O resultado ficou muito interessante! Conversando, pensamos em registrar isso, registrar ao vivo, o clima ao vivo, mas em um lugar menor, e, assim, surgiu o CD ao vivo no estúdio. Além do álbum disponível em todas as plataformas digitais, o registro em vídeo da gravação pode ser assistido em nosso canal no Youtube.


Como tem sido a recepção do público em relação a esse álbum? 

Thiagão: A receptividade do público tem sido incrível! É gratificante ver o público cantando junto com a gente nos shows. 


Qual a expectativa para a apresentação de vocês em Goiânia?

Marcelinho: A expectativa é excelente! Já tocamos em Goiânia algumas vezes, e sempre somos recebidos com muito carinho pelo público. Esperamos fazer um grande show e que a galera cante, dance e se divirta muito com a gente!


O que o público vai encontrar nesse show?

Marcelinho: O show faz parte da turnê do álbum Misturadin, e o repertório mescla músicas desse novo trabalho, como Cobertor de Orelha e Se Eu Pudesse e os sucessos de outros trabalhos, como Camisa 10, Lancinho, Horas Iguais, Puxa, Agarra e Beija – e muito mais.

Tiagão: Sem dúvidas!  A prova disso é a gente estar voltando pra fazer show aqui. Não só a gente, mas outros amigos do samba e do pagode, que a gente sempre fica sabendo que vêm fazer show aqu. Isso nos alegra muito, saber a força que o nosso movimento tem. Vale ressaltar e agradecer aos grupos locais, que são quem faz a manutenção disso e cantam nossas músicas. 

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