Banda Blitz se apresenta nesta sexta-feira no Bolshoi Pub

Evandro Mesquita, integrante da banda Blitz, fala ao ‘Essência’ sobre a trajetória do grupo e a apresentação de hoje na Capital. A apresentação faz parte da turnê que comemora os 35 anos do grupo

Postado em: 04-05-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Evandro Mesquita, integrante da banda Blitz, fala ao ‘Essência’ sobre a trajetória do grupo e a apresentação de hoje na Capital. A apresentação faz parte da turnê que comemora os 35 anos do grupo

GABRIELLA STARNECK*

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Entre pausas e retomadas, mas com sucesso indiscutível, a banda Blitz sobe novamente ao palco do Bolshoi Pub, nesta sexta-feira (4), em Goiânia.  A apresentação faz parte da turnê que comemora os 35 anos de estrada do grupo, que traz um repertório de grandes sucessos, além de novas canções. “O público pode esperar os nossos clássicos – que as pessoas gostam e cantam com a gente –, músicas novas e algumas surpresas, como alguns covers que estamos fazendo nos shows”, afirma Evandro Mesquita ao Essência.

A banda já se apresentou anteriormente no Bolshoi e foi bem acolhida pelo público, como ressalta o vocalista: “A gente adorou! A receptividade dos goianos foi muito boa. A cidade tem um cenário musical muito forte, não só musical, mas da cultura em geral. As pessoas são abertas a receber coisas novas. Além disso, o palco da casa de show nos deixa bem próximo das pessoas e isso é muito bom, porque elas sentem a nossa energia”. 

Blitz

Precursoras do chamado ‘BRock’, a banda de rock brasileiro foi formada no Rio de e fez grande sucesso nos anos 80. “Janeiro de 1982, verão carioca, uma lona começa a ser esticada sobre o pedaço de terra que separa Ipanema de Copacabana. À sua sombra toma forma um espaço multicultural e democrático que ficou conhecido como Circo Voador. Naquele palco praiano, que depois mudaria para a Lapa, no centro do Rio, nasceu a Blitz”. É dessa forma que o site da banda descreve o surgimento do grupo. 

Os anos de ouro do grupo vão de 1982 a 1986. Nesse espaço de tempo, a Blitz lançou três discos, fez centenas de shows pelo País e pelo exterior, dentre eles, as antológicas apresentações no Rock in Rio I, e se dissolveu às vésperas da gravação do quatro LP. Voltou a se reunir e a se separar nos anos 90. Entre pausas e retornos, a Blitz viu que ainda possuía um público fiel. Hoje, com uma formação estável – que já gravou três CDs e dois DVDs –, a banda é composta por: Evandro Mesquita (vocal, guitarra e violão), Billy (teclados), Juba (bateria), Rogério Meanda (guitarra), Cláudia Niemeyer (baixo), Andréa Coutinho (backing vocal) e Nicole Cyrne (backing vocal).

Quem diria que de shows improvisados, em bares da Zona Sul do Rio de Janeiro, a banda ganharia forma, começaria a virar mania no tablado do Circo e conquistaria o coração de muitos brasileiros? Com um estilo peculiar, a Blitz deixou/deixa sua marca no cenário musical brasileiro, com suas canções cotidianas e bem-humoradas, acompanhadas dos “diálogos com as meninas do backing vocal”, como destaca Evandro. Prova desse sucesso é que, apesar das pausas, a banda já está em seu quarto DVD – Blitz no Circo Voador –, e ainda foi indicado ao Grammy Latino de 2017 com o álbum Aventuras II de Melhor Álbum de Rock ou Alternativo em Língua Portuguesa. E, para falar um pouco sobre esses mais de 35 anos de estrada, Evandro Mesquita concedeu uma entrevista ao Essência. Confira ao lado. 

*Integrante do programa de 

estágio do jornal O HOJE sob orientação da editora Flávia Popov

SERVIÇO

Show da banda Blitz

Quando: sexta-feira (4)

Onde: Bolshoi Pub (R. T-53, nº 1.140, Setor Bueno – Goiânia)

Horário: a partir 21h

Mais informações: (62) 3241-0731  

Entrevista: Evandro Mesquita  

Evandro, você é o único músico da Blitz presente desde a formação da banda. Como tem sido esses mais de 35 anos de estrada do grupo?

Tem sido um prazer muito grande! Apesar de termos parados em alguns momentos dessa trajetória, agora estamos com uma formação estável, e tem sido um prazer fazer os shows. A gente surpreende as pessoas! E, apesar da nova formação, tem integrantes que estão na banda desde o segundo trabalho – Billy (teclados), Juba (bateria), Rogério Meanda (guitarra), Cláudia Niemeyer (baixo). São 4 dinossaurinhos da Blitz (risos). 

Como você mesmo apontou anteriormente, durante alguns anos a banda fez pausas. O que motivou essas interrupções?

Tivemos brigas e discussões após o primeiro, segundo e terceiro disco (risos), por isso resolvemos dar um tempo. Mas, percebemos que a nossa música ainda estava viva, que música boa não tem prazo de validade, e que tínhamos espaço dentro do cenário musical brasileiro. A indicação ao Grammy, no ano passado, foi muito marcante. É uma grande honra, depois de 35 anos, ser indicado. 

Vocês fizerem muito sucesso na década de 1980. Qual diferença você aponta no estilo musical daquela época para hoje?

É ‘gozado’, porque é bem parecido, de certa forma, porque a Blitz nunca foi de moda, a banda faz um som com personalidade próprio. Isso é um trunfo de valor muito grande!

A Blitz teve alguma mudança ‘significativa’ no seu estilo musical nos últimos anos?

Não! A gente foi evoluindo musicalmente e recebendo as influências do dia a dia. Nós fazemos crônicas do cotidiano, de uma forma humorada, mas sem ser panfletagem. Digamos que nossa música são crônicas musicas do cotidiano. 

Evandro, você destaca alguma característica que defina uma identidade fixa da Blitz desde os anos 80?

Eu acho que o humor e os diálogos com as meninas do backing vocal representam bem isso. Além do nosso som alto astral, de vibrações positivas. 

Como tem sido o retorno do público em relação ao último trabalho de vocês (Blitz no Circo Voador)?

Muito legal, porque vai um pessoal que acompanhou a nossa história durante esses anos, e também uma garotada que descobriu a banda nos discos dos mais velhos – pais e avós – e na própria internet. É muito bom, porque eles catam junto, e isso dá uma oxigenada no nosso show. 

Vocês já têm em mente um novo projeto para 2018 ou início do ano que vem?

Agora, a gente está com um estúdio próprio, os últimos trabalhos foram gravados lá.  Então nós vamos lançar muitas músicas nas redes digitais, porque o disco ‘praticamente acabou’. Podem seguir o nosso canal do Youtube que vai ter muita novidade – vamos lançar músicas novas e também regravações de outras canções de uma forma bem bacana.  

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