Teste preciso para diagnóstico de Alzheimer é lançado em Goiânia

Uso do RAVLT é extremamente amplo, podendo ser aplicado em crianças de seis anos até idosos. Lançamento ocorre neste sábado, no Auditório Crer

Postado em: 04-05-2018 às 17h20
Por: Victor Pimenta
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Uso do RAVLT é extremamente amplo, podendo ser aplicado em crianças de seis anos até idosos. Lançamento ocorre neste sábado, no Auditório Crer

A importância do Teste de Aprendizagem Auditivo Verbal de Rey (RAVLT) pode passar despercebida para um leigo, mas
para quem atua no ramo da Neuropsicologia, ele é muito significativo para avaliar e analisar os processos de memória de um paciente. Neste sábado (05), o teste será lançado pela primeira vez no Brasil aqui em Goiânia, no Auditório do Crer, no Setor Negrão de Lima. 

“Só agora [o teste] foi padronizado e
normatizado para ser aplicado na população brasileira. E nossa capital foi
escolhida para sediar esse lançamento nacional”, afirma a neuropsicóloga Pethra
Ediala, do Núcleo de Pesquisa e Ensino em Neurociências (Nepneuro). 
Para o lançamento do RAVLT, estarão presentes na Capital dois dos maiores pesquisadores da Neuropsicologia brasileira: os professores
doutores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Leandro Malloy-Diniz e
Jonas Jardim de Paula. A psicóloga, neuropsicóloga e diretora de Ensino e
Pesquisa do Nepneuro, Marina Nery Machado, será a mediadora da discussão sobre
o uso do teste em casos clínicos.

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O uso do RAVLT é extremamente amplo, podendo ser aplicado em
crianças de seis anos até idosos. A neuropsicóloga Pethra Ediala acrescenta que as
queixas de problemas de memória são as mais frequentes nos consultórios e que o
RAVLT ajuda, justamente, na avaliação e no diagnóstico mais acurados. “A pessoa
leiga, muitas vezes, traduz como problema de memória outros tipos de situação,
como uma dificuldade de atenção ou de planejamento. O teste é um auxílio
diagnóstico incrível pra gente conseguir realmente entender se a dificuldade do
paciente é de memória ou se está relacionada a outras questões secundárias”.

“O RAVLT passeia por todas as fases do processo de
aprendizagem, por isso auxilia de forma tão eficaz no diagnóstico diferencial.
Por meio dele conseguimos constatar onde é a dificuldade do paciente, no
armazenamento ou na recuperação das informações”, acrescenta Marina Nery.

Alzheimer

Ainda de acordo com Marina e Pethra, o teste é muito
utilizado na investigação do Alzheimer, embora não se limite apenas a ele. E os
números comprovam o tanto que o uso do RAVLT é e será cada vez mais importante.
Segundo dados fornecidos pelo Relatório 2015 da Associação Internacional de
Alzheimer (ADI), atualmente estima-se que existam cerca de 46,8 milhões de
pessoas com demência no mundo.  Esse
número praticamente irá dobrar a cada 20 anos, chegando a 74,7 milhões em 2030
e 131,5 milhões em 2050.

O relatório alerta ainda que a cada 3,2 segundos um novo caso
de demência é detectado no mundo. A previsão para 2050 é de que haja um caso a
cada segundo. A doença de Alzheimer é a causa mais frequente de demência.

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