Hipnose tem 98% de eficácia na luta contra o tabaco

Cerca de seis sessões são necessárias para tratar qualquer tipo de trauma, afirma especialista

Postado em: 29-05-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Cerca de seis sessões são necessárias para tratar qualquer tipo de trauma, afirma especialista

A hipnose é vista por muitos como uma ‘técnica duvidosa’, por isso tornou-se normal deixá-la como última opção de tratamento para quem busca eliminar algum tipo de vício – isso quando ela é sequer lembrada como possibilidade. O que muitos não sabem é que a técnica é uma ciência, sendo qualificada e eficaz no tratamento de traumas, medos e determinadas doenças. 

De acordo com o psicalista clínico e hipnoterapeuta Marcos Dias, a hipnose clínica para tratar qualquer tipo de trauma, fobia e mudança de comportamento demanda cerca de seis sessões, tendo 98% de eficácia. “Após um tempo, o paciente pode até sentir vontade de fazer uso de outra droga, por exemplo, mas ele não volta para o mesmo produto do tratamento. E os outros 2% dependem da frequência do cliente nas sessões”, explica. 

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Ele explica que a hipnose nada mais é do um estado natural do ser humano, uma condição tão normal quanto a respiração. O profissional afirma também que o método é mais rápido e natural que a psicanálise clínica e a psicologia cognitiva. “O trabalho do profissional da área é proporcionar uma amplificação deste estado e, assim, recondicionar o problema”, explica.

Marcos comenta que o paciente não é considerado viciado no tratamento, mas sim ‘condicionado’ ao ato de fumar, por exemplo. Partindo deste princípio, tudo o que foi condicionado pode ser recondicionado, desconstruído. As mudanças ocorrem quando a pessoa se permite chegar ao ‘transe hipnótico’ ou ‘relaxamento profundo’ durante a sessão. “É como se fosse aquele sonho em que a pessoa acaba interagindo pelo corpo com risadas ou falas”, explica.

O hipnólogo esclarece que a mente humana funciona de duas formas: consciente e inconsciente. É no último conceito que estão os poderes de decisão e escolha – além de habilidades como andar, falar e escrever. “A relação entre todas é que foram ações aprendidas, ninguém nasceu sabendo”. 

Marcos evidencia que o vício no tabaco ou outras drogas também está neste lado da consciência. “A pessoa aprendeu o ato e tornou-se natural por conta da repetição. O profissional trabalha com a hipnose para descobrir quando o indivíduo começou e desconstruir o pensamento”.

Tratamento 

O processo para que a pessoa alcance o transe e, então, o hipnólogo chegue ao inconsciente dela se dá por meio de palavras que remetam a imagens conhecidas da pessoa – como pedir que o cliente se imagine em uma praia e sinta a brisa no rosto. 

Na primeira sessão, o profissional retira o efeito ‘fissura’ pelo narcótico. Já na segunda, ocorre a busca da origem do que o paciente quer ‘fugir’ quando a utiliza. “Não existe nenhum ser humano que usa drogas que não queira relaxar ou desprender-se. Qualquer que seja o condicionamento é uma busca por alívio. Em casos de vício, sempre existirá um trauma por trás, e que talvez nem a pessoa saiba que possui”, frisa o profissional.

Não há nenhuma contraindicação para começar a frequentar sessões de hipnose, visto que o tratamento é voltado para todo ser humano. Em consequência, também não é possível traçar um perfil de quem procura a terapia. “Qualquer pessoa pode se tratar; o crucial é querer”, afirma Marcos, assegurando que o próprio tratamento garantirá que paciente chegue ao fim: “Ele também é condicionado a ter uma vida melhor, com mais alegria e liberdade”.

Com um período de mais de dez anos trabalhando com hipnose, Programação Neurolinguística (PNL) Comportamental e psicanálise clínica, Marcos Dias reforça que este método não é um mito e que os interessados devem procurar um especialista gabaritado para não caírem em nenhum golpe. “O tratamento é clínico, e é cientificamente provado e atestado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). É o tratamento mais seguro que tem, pois não altera fisicamente o corpo como fazem os psicotrópicos. Todo o potencial do ser humano é trabalhado”, defende Marcos. 

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