Filmes estrangeiros inovam e trazem novos olhares ao Fica 2018

Entre os dias 5 e 10 de junho, a Cidade de Goiás abre suas portas para a 20ª edição do Festival Internacional

Postado em: 31-05-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
Imagem Ilustrando a Notícia: Filmes estrangeiros inovam  e trazem novos olhares ao Fica 2018

Entre os dias 5 e 10 de junho, a Cidade de Goiás abre suas portas para a 20ª edição do Festival Internacional de Cinema Ambiental (Fica), recebendo expectadores e cineastas de todo o mundo. Nessa edição, 21 filmes disputam um total de R$ 280 mil em prêmios da Mostra Competitiva, que tem a maioria de filmes estrangeiros, com 11 produções.

Neste ano, a Mostra selecionou cinco longas-metragens, um média-metragem e 14 curtas-metragens. Os filmes são produções provenientes de oito países: Brasil (10 filmes) Argentina (1 filme) Irã (1 filme) México (1 filme) Espanha (2 filmes) Portugal (3 filmes) Itália (2 filmes) Uruguai (1 filme).

As obras selecionadas compõem um time que vem se destacando no cenário internacional, dividindo-se entre os gêneros documentário,  experimental,  ficção e animação. Com temáticas inovadoras e novos olhares sobre discussões fundamentais que estão em voga, as obras trazem para o Fica a evolução e transformação da temática ambiental no mundo.

Continua após a publicidade

A América Latina é representada por Brasil, México, Argentina e Uruguai. O curta-metragem mexicano Octubre Otra Vez, da diretora Sofia Auza, retrata as lembranças de um amor perpassado pela tomada de consciência ambiental. A produção foi a vencedora da categoria ficção no Eco Film Festival 2017, na cidade do México. Já o curta-metragem argentino de animação Corp., do diretor Pablo Polledri, discute através da história de uma corporação o mercado livre e os problemas que ele proporciona.  A animação ganhou 24 prêmios internacionais.

Nueva Venecia, filme uruguaio dirigido por Emiliano Mazza de Luca e Martha Orozco, retrata a vida de uma pequena comunidade colombiana que vive em palafitas sobre o maior lago do país . O cotidiano dos moradores e o passado sangrento, em função de um massacre realizado por forças paramilitares no final de 2000, se cruzam para mostrar um cenário de superação e sincronia com a natureza, trazendo como plano de fundo a problemática da habitação.

Produções da Espanha, Portugal e Itália colocam a Europa na tela no Fica. O documentário italiano Sensibiles, do diretor Alessandro Quadretti, aborda a problemática emergente das novas doenças causadas pela influência do eletromagnetismo da saúde humana. Ele mostra a realidade de portadores de Sensibilidade Química Múltipla (MCS) e Hipersensibilidade Eletromagnética (EHS), pessoas que abandonam a vida ativa em função do tratamento.

O espanhol O Homem da Água Doce, de Alvaro Ron, retrata um cenário de escassez de água e aborda o embate entre o bem individual e o coletivo em cenários de recursos naturais limitados. O filme se passa numa cidade da Califórnia atingida pela seca, onde uma menina de dez anos desafia o seu avô a não vender a água da sua propriedade e a tentar levar a água outra vez ao rio seco.

A temática das florestas marca presença na Mostra com o documentário italiano Coros do Anoitecer, de Nika Saravanja e Alessandro D’Emilia. Filmado nas Florestas Tropicais Equatorianas, ele mostra a procura do compositor eco-acústico David Monacchi para registar uma paisagem sonora pura e contínua em 3D na Floresta Amazônica, que possui uma das mais altas taxas de biodiversidade do planeta.

A Mostra Competitiva começa na quarta-feira (5/6), segundo dia do festival. Os filmes podem ser vistos no Cineteatro São Joaquim e no Cine Cora Coralina, na Universidade Estadual de Goiás (UEG). A Mostra Competitiva do Fica 2018 vai distribuir R$ 280 mil em prêmios, nas seguintes categorias: grande prêmio Cora Coralina: troféu e R$ 100 mil para o Melhor Filme; Troféu Carmo Bernardes e R$ 50 mil para o Melhor Longa-metragem; Troféu Acari Passos e R$ 35 mil para o Melhor Média ou Curta-metragem; Troféu João Bênnio e R$ 50 mil para o Melhor Filme Goiano; Troféu José Petrillo e R$ 35 mil para o segundo melhor filme goiano; Troféu Luiz Gonzaga e R$ 10 mil para o melhor filme escolhido por júri popular.

Ainda, o júri oficial do Fica 2018 poderá conceder até duas menções honrosas a filmes de sua escolha, que receberão um troféu e certificado do Festival. Os jornalistas presentes ao Festival, em votação secreta, concederão o Troféu Jesco Von Putkammer para o melhor filme escolhido pela imprensa especializada. 

Veja Também