Festival Varilux de Cinema Francês é lançado nesta quarta-feira

As exibições dos filmes começam a partir desta quinta. Em Goiânia, o local é o Lumière – Shopping Bougainville

Postado em: 06-06-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
Imagem Ilustrando a Notícia: Festival Varilux de Cinema Francês  é lançado nesta quarta-feira
As exibições dos filmes começam a partir desta quinta. Em Goiânia, o local é o Lumière – Shopping Bougainville

SABRINA MOURA*


Continua após a publicidade

Goiânia é palco para o Festival Varilux de Cinema Francês. A mostra, que apresenta a contemporânea cinematografia francesa, terá início nesta quinta-feira (7) e vai até o próximo dia 20 de junho.  Na Capital, os filmes serão exibidos no Cinema Lumière – Shopping Bougainville. Na noite de hoje, haverá coquetel para convidados.

O festival reúne curtas-metragens que demonstram a diversidade e a criatividade da narrativa audiovisual da França. “O festival é uma iniciativa do governo francês para todo o Brasil,  e ele ocorre simultaneamente em várias capitais, promovido pela Aliança Francesa, que é um instituto da língua francesa”, explica o doutor em Cinema Lisandro Nogueira.

O público da Capital terá a oportunidade de assistir aos trabalhos de cineastas, astros e estrelas já consagrados – além de de premiados jovens talentos que imprimem diversidade e originalidade ao cinema francês. “O festival mostra a importância de Goiânia como uma ‘Capital de Cinema’: somos a sexta capital com mais números de salas de cinema. Esse festival aqui é um sucesso, porque as pessoas gostam muito do cinema francês, desse segmento”, pontua Lisandro, que é professor de Cinema da Universidade Federal de Goiás (UFG).

O Festival Varilux de Cinema Francês já levou mais de 180 mil pessoas aos cinemas. Além da exibição dos filmes, algumas cidades – como São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Salvador (BA) – vão ter a presença de uma delegação artística, formada por diretores e atores, que vão realizar atividades paralelas que contemplam debates, ações e sessões educativas, laboratório franco-brasileiro de roteiros sob a coordenação de François Sauvagnargues, especialista de ficção e ex-diretor geral do Festival Internacional de Programação Audiovisual (Fipa) e um encontro entre profissionais do audiovisual franceses e brasileiros.


Filmes

Os filmes franceses são dinâmicos em termos de filmes produzidos e público. Dentre as produções que serão exibidas no festival, destacam-se três filmes da nova geração francesa de cineastas, designada várias vezes pela crítica de “nouvelle guarde”: Custódia (Jusqu’à la Garde), de Xavier Legrand, que acompanha a disputa entre um casal pela guarda do filho;  A Excentrica Família de Gaspard (Gaspard va au Marriage), de Antony Cordier, comédia maluca e melancólica sobre o adeus à infância, desejo e tempo; e O Poder de Diane (Diane a les Épaules), de Fabien Gorgeart, em que uma mulher concorda em gerar o filho de um casal de amigos homossexuais, abordando com humor e ternura a temática dos novos modelos familiares.

“O cinema francês é um cinema de diversidade, que tem hoje vários tipos de narrativas, passando por comédias até temas de arte. Eles prezam também por um cinema mais reflexivo, em que não há tanta preponderância dos atores, os personagens tem mais espaço, além de um cinema de língua francesa – porque somos muito acostumados com uma linguagem de filmes americanos – essa mostra traz toda essa cultura francesa que nos enriquece”, diz Lisandro.

O público infantil também tem vez no festival com a animação A Raposa Má, um filme que encanta pais e filhos pela beleza visual, com seu desenho de aquarela e com histórias inteligentes que possui grandes temas. O filme revela que o campo pode ser um lugar nada tranquilo com um coelho que pensa ser uma cegonha, um pato que deseja substituir o Papai Noel e uma raposa que acredita ser uma galinha. “Toda mostra de cinema opta por uma diversidade de estilos e gêneros. Nesse caso, esse filme dedicado às crianças não é só uma forma de diversão, mas também de formação”, explica o professor.


O CLÁSSICO – ‘Z’

O clássico deste ano no festival será o filme que é um marco do cinema político mundial; Z, de Costa-Gavras. O filme-denúncia foi inspirado no assassinato do deputado pacifista grego Lambrakis, cuja investigação foi escandalosamente encoberta por uma rede de corrupção e ilegalidade. O roteiro, escrito por Costa-Gavras e Jorge Semprún, retrata o período de incubação do fascismo e das ditaduras militares e revela a fragilidade da democracia diante da mentira como método de governo e da passividade cômoda do povo.

*Integrante do programa de estágio do jornal O HOJE sob orientação 

da editora Flávia Popov


SERVIÇO

Festival Varilux de Cinema Francês 2018

Quando: de 7 a 20 de junho 

Informações: http://variluxcinefrances.com/2018/ e www.cinemaslumiere.com.br 


OUTROS FILMES DA PROGRAMAÇÃO DO FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS 

50 SÃO OS NOVOS 30 – Velha demais para o marido, demitida do emprego, Marie-Francine deve voltar a morar na casa dos pais… aos 50 anos! Apesar de infantilizada por eles, é numa pequena lojinha de cigarros eletrônicos da qual vai tomar conta, que ela vai conhecer Miguel que, sem ousar confessar, está na mesma situação que ela.

A BUSCA DO CHEF DUCASSE – Atualmente, Alain Ducasse é o chef e mentor de culinária mais famoso no mundo. Com 23 restaurantes, 18 estrelas Michelin, ele não para de criar locais novos, construir escolas, ultrapassar as fronteiras da profissão rumo a novos horizontes, a uma gastronomia mais humanista, engajada e responsável. Alain atravessa o mundo de forma incansável, pois acredita que a culinária é um universo infinito. Ele aceitou ser acompanhado em suas atividades, durante quase dois anos, nos abrindo, assim, as portas de seu mundo em constante evolução.

A NOITE DEVOROU O MUNDO – Ao se levantar de manhã num apartamento onde, de véspera, houve uma grande festa, Sam deve se render à evidência: ele está sozinho e mortos-vivos invadiram as ruas de Paris. Aterrorizado, ele vai ter que se proteger e se organizar para continuar a viver. Mas será que Sam é mesmo o único sobrevivente? Adaptação do livro homônimo de Martin Page.

NOS VEMOS NO PARAÍSO – Em novembro de 1918, alguns dias antes do Armistício, Édouard Péricourt salva a vida de Albert Maillard. Ambos não têm nada em comum, a não ser a guerra, e são obrigados a se unir para sobreviver. Anos depois, Albert e Édouard decidem montar uma fraude nos monumentos aos mortos. Também planejam uma farsa para desmascarar o Tenente Pradelle, que tenta fazer fortuna com corpos das vítimas da guerra. Adaptação do romance de Pierre Lemaître, premiado pelo Prix Goncourt em 2013.

CARNÍVORAS – Mona sempre sonhou em ser atriz. Ao sair do Conservatório, ambiciona um futuro brilhante pela frente, mas é Sam, sua irmã mais nova, que logo se torna uma atriz famosa. Sem recursos, Mona é obrigada a morar com Sam, que, fragilizada por uma filmagem difícil, propõe que Mona se torne sua assistente. Aos poucos, Sam vai negligenciando seus papéis de atriz, de esposa e de mãe e acaba se perdendo. Mona acredita que deve se apossar dos papéis que Sam abandona.

O ÚLTIMO SUSPIRO – No dia em que uma névoa estranha e mortal submerge em Paris, os sobreviventes encontram refúgio nos andares superiores dos edifícios e nos telhados da capital. Sem informação, sem eletricidade, sem água ou comida, uma pequena família tenta sobreviver a esse desastre. Mas as horas passam, e uma coisa é clara: a ajuda não virá e será necessário tentar a sorte na névoa.

GAUGUIN – VIAGEM AO TAITI – No ano de 1891, Gauguin se exila no Taiti. Ele quer reencontrar sua pintura livre, selvagem, longe dos códigos morais, políticos e estéticos da Europa civilizada. Ele se infiltra na selva, encarando a solidão, a pobreza, a doença. Lá, Gauguin conhece Tehura, que se tornará sua esposa e tema das suas telas mais importantes.

A APARIÇÃO – Jacques, grande repórter de um jornal francês, recebe um misterioso telefonema do Vaticano. Em um pequeno vilarejo no sudeste da França, uma jovem de 18 anos afirma ter visto a aparição da Virgem Maria. Os rumores logo se espalham, e o fenômeno toma tal dimensão que milhares de peregrinos vão se reunir no local das supostas aparições. Jacques, que não tem nada a ver com esse mundo, aceita fazer parte de uma comissão de investigação encarregada de esclarecer esses eventos.

TROCA DE RAINHAS – Ano de 1721. Uma ideia audaciosa germina na mente de Felipe de Orléans, regente da França… Luís XV de 11 anos, logo se tornará rei, e, uma troca de princesas permitiria consolidar a paz com a Espanha, após anos de guerra, que deixaram os reinos enfraquecidos. Então, Felipe casa a filha, Mlle de Montpensier, de 12 anos, com o herdeiro do trono da Espanha, e Luís XV se casa com a Infanta da Espanha, Anna Maria Victoria, de 4 anos. Mas a entrada precipitada dessas jovens princesas na corte francesa, sacrificadas no altar dos jogos dos poderes, vai acabar com a sua tranquilidade. Adaptação do livro histórico de Chantal Thomas, L’Echange des Princesses (2013).

O ORGULHO – Neila Salah cresceu na periferia e sonha em se tornar advogada. Inscrita na grande universidade parisiense de Assas, ela confronta, desde o primeiro dia, Pierre Mazard, professor conhecido por suas provocações e deslizes. Para se desculpar por sua conduta desrespeitosa, Pierre aceita preparar Neila para o prestigioso concurso de eloquência. Cínico e exigente, Pierre pode se tornar o mentor que Neila precisa. Mas é necessário que ambos superem seus preconceitos.

MARVIN – Marvin Bijou está em fuga: Primeiro de seu vilarejo em Vosges, depois, da família, da tirania do pai, da renúncia da mãe e, por último, da intolerância, rejeição, humilhações as quais era exposto por tudo que faziam dele um rapaz ‘diferente’. Fora de lá, ele descobre o teatro e aliados que, finalmente, vão permitir que sua história seja contada por ele mesmo.

O AMANTE DUPLO – Chloé, uma jovem frágil, se apaixona por seu psicoterapeuta. Alguns meses depois, eles vão morar juntos, mas ela descobre que seu amante lhe escondeu um outro lado de sua identidade.

PROMESSA AO AMANHECER – De sua infância difícil na Polônia, passando por sua adolescência sob o sol de Nice, até suas proezas como aviador durante a Segunda Guerra Mundial, Romain Gary viveu uma vida extraordinária. Mas essa ânsia por viver mil vidas e se tornar um grande homem, ele deve a Nina, sua mãe. É o amor louco dessa mãe cativante e excêntrica que fará dele um dos maiores romancistas do século 20. Mas esse amor materno, sem limites, também será seu fardo por toda vida. Adaptação do livro de Romain Gary, La promesse de l’aube, um dos relatos mais comoventes já escritos sobre o amor materno.

PRIMAVERA EM CASABLANCA – Em Casablanca, entre o passado e o presente, cinco destinos estão inconscientemente interligados. Diferentes rostos, diferentes trajetórias, diferentes lutas, mas a mesma busca pela liberdade. E o som de uma revolta que cresce.

O RETORNO DO HERÓI – Elisabeth é alinhada, séria e honesta. O capitão Neuville é covarde, desleal e sem escrúpulos. Ela o detesta. Ele a despreza. Mas fazendo dele um herói de opereta, ela se torna, sem querer, responsável por uma farsa que logo a arrebatará…

DE CARONA PARA O AMOR – Jocelyn, bem-sucedido homem de negócios, é um sedutor e mentiroso inveterado. Apesar de cansado de si mesmo, acaba seduzindo uma jovem bonita, fingindo ser deficiente, até o dia em que ela lhe apresenta sua irmã, que é realmente deficiente. 

Veja Também