Lançada no Fica a primeira Escola Sustentável do Estado de Goiás

Objetivo do projeto é promover uma educação sustentável, que incentive os alunos a reutilizarem e a plantarem, além de fomentar a consciência ambiental na comunidade

Postado em: 06-06-2018 às 16h40
Por: Márcio Souza
Imagem Ilustrando a Notícia: Lançada no Fica a primeira Escola Sustentável do Estado de Goiás
Objetivo do projeto é promover uma educação sustentável, que incentive os alunos a reutilizarem e a plantarem, além de fomentar a consciência ambiental na comunidade

A programação do Fica 2018 nesta quarta-feira (6), foi marcada por dois momentos emblemáticos do legado do festival nos seus 20
anos de história. Foi lançada a primeira Escola Sustentável do Estado de Goiás,
no Centro de Educação em Período Integral Alcide Jubé, uma das mais
tradicionais escolas públicas do Estado e teve início a exibição dos vídeos do
projeto Fica Atitude no Cineteatro São Joaquim, na cidade de Goiás.

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O professor Jonas Berquó, coordenador Regional de
Educação, Cultura e Esporte da cidade de Goiás (Crece), explica que o objetivo
do projeto é promover uma educação sustentável, que incentive os alunos a
reutilizarem e a plantarem, e que, acima de tudo, “fomente uma consciência
ambiental, que atinja toda a comunidade da região”.

A ideia de construir esse modelo de escola foi do
jornalista André Trigueiro, consultor ambiental do Fica e a proposta tem
coordenação de Patrícia Mousinho.

O Cepi é a primeira escola do projeto, que deve ser
replicado em outras unidades do Estado. A diretora do Cepi Alcide Jubé, professora
Rosângela Caixeta, se disse muito orgulhosa de fazer parte desse momento
histórico para a educação em Goiás. “Estamos implantando gradativamente e no
Fica 2019 queremos apresentar os resultados da aplicação do modelo”, explicou.

Fica Atitude

No início da manhã, o Cineteatro São Joaquim ficou
lotado para a primeira sessão de exibição dos vídeos produzidos para o projeto
Fica Atitude por escolas dos municípios de Faina, Araguapaz, Aruanã, cidade de
Goiás, Mossâmedes, Mozarlândia, Sanclerlândia e Buriti de Goiás.

Idealizado pelo professor Jonas Berquó, junto com a
ex-secretária Raquel Teixeira, ainda em fevereiro desse ano, o projeto
mobilizou mais de 2 mil estudantes da Crece da cidade de Goiás. As crianças e
adolescente da rede estadual se envolveram na produção dos vídeos sobre os
projetos de sustentabilidade desenvolvidos nas escolas. Para filmar e editadar
exclusivamente com o celular, os alunos participaram de oficinas oferecidas
pelo Curso de Cinema e Audiovisual do Instituto Federal de Goiás. Oitenta e
sete projetos foram inscritos e 16 foram selecionados para exibição no Fica
2018.

Criatividade

A criatividade e inovação foram destaques nos
projetos apresentados. As escolas desenvolveram temas como irrigação
hidropônica, compostagem, revitalização de rios, campanhas de descarte
consciente de lixo, trabalhos de reciclagem, recolhimento de pilhas e baterias,
revitalização de praças e tudo por meio da ação e do diálogo com a comunidade e
as autoridades locais.

A superintendente de Educação da Seduce, Zenilde
Teixeira, que representou o secretário Marcos das Neves, ressaltou a
importância do Fica Atitude para incentivar e mostrar as habilidades e o
potencial dos estudantes com a biologia e o meio ambiente e com o cinema e o
audiovisual.

“O que eu vi aqui hoje me deixou emocionada, eu
amei, o Fica é o que é hoje devido a uma mudança de atitude”, declarou a
professora Raquel Teixeira, ex-secretária de Educação, Cultura e Esporte, que
foi uma das idealizadoras do projeto ainda na sua gestão.  Para o coordenador Jonas Bercó, os filmes
exibidos no primeiro dia de Fica Atitude mostraram um resultado melhor que o
esperado. “O maior legado que fica é uma mudança de consciência”, destacou.

A estudante do 9° ano Geise Kelly, 13 anos, da
Escola Estadual Getúlio Dédio de Brito, de Mozarlândia, vem pela primeira vez
ao Fica e conta que foi gratificante participar do projeto com garrafas pet,
que foi desenvolvido na sua escola. “A mudança de atitude em relação ao meio
ambiente tem que começar por nós, porque se não for a gente, quem vai
mostrar?”, indaga Júlia Karen, estudante do Colégio Estadual de Aplicação
Professor Manuel Caiado.

Premiadas

No primeiro dia de mostra, oito vídeos foram
exibidos e os demais poderão ser vistos nesta quinta-feira (7), a partir
8h30, no Cineteatro São Joaquim. Entre as produções selecionadas, quatro serão
premiadas com recursos e investimentos materiais para incentivar a produção
audiovisual nas respectivas escolas. No primeiro dia as vencedoras foram a
Escola Estadual Brasil Ramos Caiado, de Araguapaz, e o Colégio Estadual Dom
Cândido Penso, de Aruanã.

Ambas as diretoras das escolas premiadas no
primeiro dia firmaram o compromisso de incentivar ainda mais a produção
audiovisual na escola, principalmente agora que vão receber recursos voltados
exclusivamente para isso. A diretora da Escola Estadual Brasil Ramos Caiado, de
Araguapaz, Sheile Palhares, demonstrou sua emoção em receber o prêmio. “É muito
gratificante, nosso projeto, além de economizar água, ajudou a diminuir a
deterioração das paredes pelas águas que caiam do ar condicionado e as
hortaliças cultivadas devem ajudar no lanche da escola”, explica.


 

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