“Assim como o futebol, a dança é um mercado global”, avalia

Brian McSween foi um dos convidados do evento na quinta-feira, além da chilena Natalia Berrios, o colombiano José Manuel Ghiso e a mineira Cristina Helena

Postado em: 06-07-2018 às 11h10
Por: Naddiny Ferreira
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Brian McSween foi um dos convidados do evento na quinta-feira, além da chilena Natalia Berrios, o colombiano José Manuel Ghiso e a mineira Cristina Helena

Festival de Dança de Goiás. Foto: Oswaldo Neto.

Da redação

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Em seu segundo dia de atividades, o Festival Internacional de Dança de Goiás contou, nesta quinta-feira (05), com quatro workshops de grandes nomes da dança e a Mostra Competitiva, realizada em dois horários, no Teatro Sesi. Um dos destaques do segundo dia foi o bailarino, coreógrafo, professor e diretor de dança Brian McSween, dos Estados Unidos.  

Ele começou a oficina de ballet
clássico intermediário/avançado, das 13h30 às 15h15, que teve continuidade no
dia seguinte. McSween já integrou companhias de dança estadunidenses de grande
renome, como Joffrey Ballet, Aspen Santa Fe Ballet, Grand Rapids Ballet,
American Ballet Theatre e Complexions Contemporary Ballet. Além disso, ele
participou de filmes com temáticas de dança, como No Balanço do Amor, de 2001,
e De Corpo e Alma, de 2003.  

Participando do Festival Internacional de Dança de Goiás pela terceira vez, McSween destacou o prazer em trabalhar com as organizadoras do evento e com os bailarinos brasileiros, além de dar detalhes sobre o seu workshop. “O Brasil tem bailarinos lindos, os alunos são muito receptivos. Na aula, conversamos sobre técnica, como continuar se aprimorando, ter uma ferramenta melhor para desenvolver um trabalho artístico e o que se pode ser feito para se tornar um bailarino forte tecnicamente”, explica.  

O estadunidense também apontou os desafios que os bailarinos brasileiros enfrentam no que diz respeito ao mercado de trabalho da dança. “Seria ótimo que existissem mais oportunidades de trabalho para os bailarinos no Brasil, que este talento fosse reinvestido no próprio País, em vez de deixá-lo ir para outros lugares. Penso que, assim como o futebol, a dança é uma arte muito difícil, é um mercado global. Mas todos devem continuar tentando”, avalia. 

Outro nome de peso desta edição do festival é a mineira Cristina Helena, delegada do Conselho Brasileiro da Dança em Minas Gerais. Nesta quinta-feira (05), ela ministrou a segunda aula da oficina de ballet juvenil e coach de repertório, das 14 horas às 15h45, para a faixa etária que ela considera o alicerce da dança hoje. “É uma surpresa maravilhosa contribuir com estes talentos que estão vindo muito bem cuidados pelos professores. Eu já sou veterana no País, então o que eu vi foi uma surpresa”. 

Cristina Helena também faz uma análise do contexto da dança atual. “O Brasil está caminhando, nas últimas duas décadas, maravilhosamente bem dentro do mapa da construção da dança, porém não temos ainda aquela herança que a Rússia, a Inglaterra e a França tiveram. Temos bons preparadores no que diz respeito à aptidão técnica, porém a poética de cada balé precisa avançar. É necessário compreender que não é importante somente a técnica, mas todo um estudo de aprimoramento da parte lírica e lúdica da dança”, completa.  

 

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