Diagnosticada com doença rara, Céline Dion busca tratamentos para melhorar qualidade de vida

A equipe da artista revelou que ela precisa se dedicar ao tratamento de uma doença neurológica rara, conhecida como Síndrome da Pessoa Rígida (SPR)

Postado em: 29-08-2023 às 08h34
Por: Lanna Oliveira
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A equipe da artista revelou que ela precisa se dedicar ao tratamento de uma doença neurológica rara, conhecida como Síndrome da Pessoa Rígida (SPR) | Foto: Reprodução

A cantora canadense Céline Dion, de 55 anos, surpreendeu seus fãs ao anunciar em maio deste ano o cancelamento de todos os shows de sua aguardada turnê europeia até abril de 2024. A equipe da artista revelou que ela precisa se dedicar ao tratamento de uma doença neurológica rara, conhecida como Síndrome da Pessoa Rígida (SPR), com a qual a artista foi diagnosticada em dezembro de 2022. De acordo com o Pós PhD em neurociências Fabiano de Abreu Agrela, existem tratamentos que podem ajudar a aliviar os sintomas, já que a doença não tem cura.

A Síndrome da Pessoa Rígida (SPR) é uma doença autoimune rara que afeta uma em cada mil pessoas ao redor do mundo. Ocorre predominantemente em mulheres entre 20 e 50 anos, causa rigidez nos músculos, em especial dos membros, podendo levar à invalidez e causando espasmos desencadeados por sensações de medo ou estímulos táteis e auditivos. Ela também pode estar associada a outras doenças autoimunes sistêmicas, como diabetes tipo 1 e vitiligo, e seu diagnóstico muitas vezes requer a exclusão de outras condições similares.

O seu diagnóstico envolve uma análise clínica detalhada, exames de sangue, eletroneuromiografia e testes terapêuticos, cada paciente recebe um tratamento personalizado, visando a melhoria dos sintomas e a mobilidade. De acordo com o Pós PhD em neurociências Fabiano de Abreu Agrela, existem tratamentos que podem ajudar a aliviar os sintomas em casos como o de Dion. “Como a doença não tem cura, os tratamentos para a condição são voltados à redução do impacto dos sintomas na sua qualidade de vida”, diz.

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Para amenizar os impactos que a doença pode vir a causar no dia a dia do paciente, o neurocientista revela que geralmente são utilizados medicamentos com efeito relaxante muscular e tratamentos com imunoglobulina utilizando anticorpos. “A depender do caso de cada paciente também podem ser administrados medicamentos para dor neuropática e espasmos, ou até mesmo anticonvulsivantes, em paralelo a terapias como fisioterapia, hidroterapia, entre outros”, explica Agrela.

No caso da cantora, algumas alternativas estão sendo testadas, porém sem resultados ainda. A irmã de Céline, Claudette Dion, revelou, em entrevista ao Le Journal de Montréal, que a cantora não responde aos tratamentos: “Não conseguimos encontrar nenhum remédio que funcione […] [Ela está] ouvindo os principais pesquisadores nesse campo dessa doença rara o máximo possível”. As afirmações de Claudette sobre o estado de saúde da artista permanecer igual preocupou os fãs ao redor do mundo.

“Em um estudo que participei, publicado na revista científica Cognitions, analisou que a descompressão medular e radical feita através da discectomia endoscópica transforaminal foi capaz de reduzir a dor disfunção neural por compressão e a dor radicular sem gerar agressões tecidulares, comportamento que pode desencadear os espasmos. Esta também poderia ser uma alternativa para o tratamento de Dion, a depender da análise dos profissionais que a acompanham”, indica Fabiano.

Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues tem um currículo que o gabarita para essa análise sobre a saúde de uma das vozes mais importantes da nossa era. Ele é Pós PhD em Neurociências eleito membro da Sigma Xi, membro da Society for Neuroscience nos Estados Unidos, membro da Royal Society of Biology no Reino Unido e da APA – American Philosophical Association também nos Estados Unidos. É também mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; Tecnólogo em Antropologia e filosofia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. Ele ainda é membro das sociedades de alto QI Mensa, Intertel, ISPE High IQ Society, Triple Nine Society, ISI-Society e HELLIQ Society High IQ. Autor de mais de 200 artigos científicos e 15 livros.

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