Segunda-feira, 22 de julho de 2024

Idosos vivenciam espetáculo de dança contemporânea

Apresentação conta com elementos que dialogam com a memória afetiva do público

Postado em: 08-08-2018 às 17h25
Por: Guilherme Araújo
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Apresentação conta com elementos que dialogam com a memória afetiva do público

Foto: Reprodução

Da Redação

O espetáculo goiano Caçada – como raízes em busca d’água será apresentado gratuitamente nesta quinta-feira (9), no Centro de Convivência de Idosos Vila Vida, às 10h. A apresentação é voltada especificamente para os idosos e, por isso, mistura manifestações culturais, resgate de memórias e dança contemporânea. 

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No início, será feita uma roda conversa com a plateia para promover o resgate de memórias e afetos, que fazem parte do universo da apresentação. A intenção é que o espetáculo termine com um baile de forró, uma das preferência entre os idosos do Vila Vida. 

“Essas possibilidades são abertas porque Caçada – como raízes em busca d’água, traz a proposta dessa interação com o público. Nada está fechado e concreto, queremos dialogar com eles de todas as formas possíveis e transmitir seus anseios durante a apresentação”, explica a diretora e idealizadora do projeto, Erica Bearlz, que se apresenta ao lado do dançarino Rodrigo Cruz. 

Durante a fase de pesquisa e preparação, os artistas imergiram no Cerrado goiano. Conviveram com diferentes povos, costumes, natureza e fé. Por isso, Caçada carrega aspectos de culturas tradicionais goianas, principalmente do Norte do estado. “Para os idosos do Vila Vida vamos trazer essas possibilidade de acessar antigas vivências e sensações que eles tiveram ao longo de suas vidas”, explica Rodrigo.

O espetáculo existe desde 2012 e, nessa releitura, foi feito um intenso rearranjo criativo. A nova temporada de Caçada – como raízes em busca d’água traz quatro eventos ao longo do mês de agosto. As primeiras apresentações foram no espaço Vera Cult, no Setor Vera Cruz, e no Centro Brasileiro Reabilitação e Apoio ao Deficiente Visual (Cebrav), no Setor Oeste.

No Cebrav, a apresentação que ocorreu essa semana evitou a audiodescrição e fez uma adaptação mais intensa, com contato físico para os deficientes visuais. O projeto promoveu novas experiências, que servem de estudo para próximos trabalhos. “Eles [idosos e crianças] tiveram uma percepção muito sensível em relação à natureza. A caçada, a luta, para eles, era a sobrevivência do cerrado, do silêncio natureza”, finaliza Erica.

A próxima apresentação, aberta ao público, será no sábado, dia 11, no Teatro Zabriskie, no Setor Pedro Ludovico. 

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