Dermatite atópica pode afetar 25% de crianças e 7% de adultos

Pacientes com dermatite atópica não possuem a barreira protetora da pele e convivem com alergia cutânea que pode desencadear pele seca

Postado em: 31-08-2018 às 14h35
Por: Patrick Wallison
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Pacientes com dermatite atópica não possuem a barreira protetora da pele e convivem com alergia cutânea que pode desencadear pele seca

Da Redação

Orientações sobre a dermatite atópica, uma doença da pele comum na população brasileira, foram divulgadas pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) durante o mês de agosto. No decorrer do ano, ela pode afetar até 25% das crianças e 7% dos adultos. 

Segundo a SBD, pacientes com dermatite atópica não possuem a barreira protetora da pele e convivem com alergia cutânea que pode desencadear pele seca, erupções que coçam principalmente nas dobras do corpo, como pescoço, cotovelo e atrás do joelho. “Outras características da doença são esfoliações causadas por coceira, alterações na cor, vermelhidão ou inflamação da pele, que também podem surgir após irritações prolongadas, gerando eczemas”, complementa Adriano Loyola, presidente da SBD-GO.

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Na maioria dos casos os pacientes com dermatite atópica não possuem na pele, a substância que auxilia no fator natural de hidratação que todas as pessoas possuem. De acordo com Loyola, é possível conter a doença: “A doença é controlada com a identificação e o controle dos fatores desencadeantese medicação adequada”, explica.

O presidente ainda contou quais são os fatores para o desenvolvimento da doença. “Alguns dos fatores são: contato com materiais ásperos, poeira, detergentes e produtos de limpeza em geral, roupas de lã e tecido sintético, temperaturas extremas, infecções, alguns alimentos e o estresse emocional. Portanto é importante que pacientes atópicos vivam em ambiente limpo, sem odores e livre de objetos que possam acumular poeira. O apoio psicológico também é importante”, orienta. 

Tratamento

O tratamento da doença, segundo a SBD, visa melhorar os sintomas que interferem diretamente na qualidade de vida do paciente e no controle da coceira, a redução da inflamação da pele e a prevenção das recorrências. “Para combater a pele seca, o tratamento é feito com hidratantes, que devem ser reaplicados no mínimo duas vezes por dia e de preferência após o banho – para que o produto segure ao máximo a umidade da pele”, explica Loyola, que completa. “Ainda pode ser indicado o uso de imunomoduladores da calcineurina.  Cremes e pomadas de cortisona também são eficazes no controle da doença, no entanto devem ser indicados e usados corretamente para que sejam evitados efeitos colaterais em longo prazo”.

 

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