Espetáculo que versa sobre o amor e seus vários estados
‘Espetáculo Dançado’ será apresentado, a partir de hoje, no Teatro Zabriskie
Por: Fabianne Salazar
Raquel Lima*
O espetáculo que versa sobre o amor e seus vários estados, da paixão ao brega e das surpresas ao clichê. Este é o tema central da dança O Espetáculo Dançado, que ocorre nos dias 3, 4, 5 e 7 de setembro, às 20h, no Teatro Zabriskie, localizado no retorno da Alameda Antônio Martins Borges, Setor Pedro Ludovico.
O grupo atua desde 2000 com os provocadores dançantes Hilton Júnior, Lu Celestino e a diretora Luciana Ribeiro, se unindo, em 2018, com uma equipe de grandes artistas goianienses. O espetáculo dançado vem pela segunda vez em Goiânia, no qual foi apresentado pela primeira vez no festival Goiânia em cena, e no festival Paralelo16.
Para a diretora, Luciana Ribeiro, este não é um espetáculo de dança, mas sim um ‘espetáculo dançado’, que acontece na hora. “É um trabalho que faz a dança atravessar os dançantes, o público. É o amor dançado, dançamos sobre os vários estados do amor, mas não sobre o amor”, explica.
Sobre a dança que expressa as etapas do amor, Luciana ainda ressalta: “Não é uma representação do amor, não é um espetáculo de dança, mas sim dança os estados; é muito mais uma perspectiva que uma pessoa possa esperar, não é esperado algo linear”.
Sobre a escolha do repertório, Luciana conta que avaliação do ambiente se dá pela trajetória do teatro, por toda história que ele carrega: “Escolhemos o Teatro Zabriskie por ser mais aconchegante, pequeno, ter mais resistência, e isso combina muito com o formato do trabalho do espetáculo dançado”.
Além da dança, serão oferecidos outros serviços como pizza, chope, karaokê, água, mais de 18 músicas clássicas brasileiras a serem dançadas pelo grupo – e outros entretenimentos. Os ingressos serão vendidos a preço de R$ 45 (a meia), sendo autorizada a entrada a partir dos 18 anos de idade.
¿ por quá grupo que dança
O grupo ¿ por quá surgiu em 2000, tendo uma relação com os estudantes, sendo nesse período um trabalho experimental, e que foi amadurecendo. Em 2010, o grupo se desvincula das universidades e abre uma trajetória para um grupo mais independente e profissional. Segundo Luciana, a partir das propostas artísticas eles vão convidando artistas para participarem desse trabalho. Nessa temporada, foram convidados os dançantes Érika Bearlz e Lenir
O ¿ por quá foi criado na Eseffego, em Goiânia. Está atuando há 18 anos, mas, como grupo profissional e autônomo, há 8 anos – em uma outra perspectiva, é um novo trabalho, em um outro formato que não é de informação artística, mas, para o lado profissional e pesquisa. “É um novo trabalho, antes era uma estrutura italiana, mais formal. Mas a temática é a mesma”, afirma a diretora.
As apresentações foram realizadas em várias cidades de Goiás, Porto Alegre, Recife e no exterior – como Argentina e Uruguai. “O grupo propõe para o público goianiense uma temática sobre o amor e a paixão, de apresentar uma área artística, mais atravessada e próxima das pessoas”, diz Luciana, que finaliza: “O espetáculo tem como principal objetivo uma movimentação peculiar, fazendo com que transborde nas pessoas a dança no sentido mais participativo, o qual se sintam convidadas a se expressarem”.
SERVIÇO
‘Espetáculo Dançado’
Quando: 3, 4, 5 e 7 de setembro Onde: Teatro Zabriskie (Retorno Alameda Antônio Martins Borges, s/nº, Setor Pedro Ludovico)
Horário: das 20h às 22h
Entrada: R$ 90 (inteira) R$ 45 (meia-entrada)
Classificação indicativa: 18 anos
Entrevista Hilton Júnior (Dançante)
Há quanto tempo você faz parte do grupo? Como é sua experiência no espetáculo dançado?
Sou integrante do ¿por quá? Grupo que Dança desde 2002. De lá para cá, a dança, para mim, se tornou um mecanismo de questionamento e inquietação referente ao corpo, à arte e ao meu posicionamento político e artístico.
Qual a sensação de dançar para o público?
A dança que experimentamos no ¿por quá? é uma dança próxima, quase biográfica, que dialoga com o público, que se identifica e se reconhece em nossa gestualidade. Neste jogo, entre público e nossa dança, olhamos nos olhos, trocamos sensações e fazemos da dança um lugar de deleite e troca entre dançantes e audiência.
Qual a importância cultural que a dança pode levar para o público que assiste?
Interpretar neste ano de 2018 o Comum, espetáculo montado e remontado anos atrás (2018 – ano em que o grupo completa 18 anos de existência – já chegamos à maioridade… risos…) é um mergulho e um revisitar na própria trajetória do grupo. Reviver amores, dores é conseguir colocar o amor em um lugar distante do romantismo idealizado culturalmente, uma libertação.