Segunda-feira, 22 de julho de 2024

Uma forma de revisitar a música em sua origem

Cícero apresenta, neste sábado (15), show intimista com canções de seus quatro trabalhos

Postado em: 15-09-2018 às 06h00
Por: Fabianne Salazar
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Cícero apresenta, neste sábado (15), show intimista com canções de seus quatro trabalhos

GABRIELLA STARNECK

ESPECIAL PARA HOJE

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O cantor Cícero apresenta, neste sábado (15), um show intimista no Teatro Sesi. A proposta do artista é revisitar, ao vivo, as raízes de sua música, de onde germinam as ideias das composições, de onde vêm os acordes e as linhas que se conectam e tecem a personalidade do compositor. Dessa forma, o cantor também tem a oportunidade de se aproximar mais da plateia.

“A ideia é mostrar minhas canções próximo à forma como elas nasceram – com a voz, os acordes, as letras, porque nesse local todas as canções meio que se assemelham. Elas começam a se diferenciar nos arranjos, nos processos de gravação”, afirma Cícero ao Essência.  Nesse show, o artista traz canções do mais novo CD, Cícero & Albatroz, lançado em 2017, e também suas composições mais conhecidas pelo público. 

Apresentação 

Com voz, violão e as máquinas, a experiência de ver ao vivo suas músicas se estende para um show íntimo. Nesse momento, o público pode fazer uma viagem no tempo e ter uma melhor percepção de como as canções foram construídas, como se ele estivesse presente no processo de composição das canções, vendo a obra de Cícero nascer passo a passo. Com o uso do orgânico e do eletrônico sustentando a essência de suas canções, harmonias e letras, o show deixa ao ouvinte a impressão de vê-las ser construídas naquele momento.

Cícero, que já esteve em Goiânia por duas vezes, mas não com um show intimista, conta estar ansioso para a apresentação. “A expectativa é a melhor possível! Já sei como é o público da Capital, e tenho uma relação com ele. Como é um show mais íntimo, ele também se torna imprevisível, mas com certeza vai ser bonito e agradável”, diz o artista. 

Cícero

Cantor e compositor, a relação de Cícero com a música começou ainda na infância. Segundo ele, a inclinação para essa área não é fruto de influências familiares, já que o cantor não possui parentes próximos que atuem profissionalmente nessa área. “Minha paixão pela música aconteceu de maneira bem natural, quando ainda era criança. Eu tinha um violão em casa, que passou a ser um hobby, e depois virou o meu veículo de comunicação com o mundo. Na pré-adolescência, com a timidez, o violão virou meu companheiro”, explica Cícero.

Contudo, embora esse interesse musical tenha surgido na infância, profissionalmente o cantor atua na área desde 2010. Seu trabalho de estreia, Canções de Apartamento, foi lançado em 2011. Dois anos depois, o público pôde conhecer o segundo álbum, Sábado. Em 2015, foi a vez do lançamento de A Praia. Para finalizar os quatro trabalhos do artista, Cícero & Albatroz – com acompanhamento da banda Albatroz – foi lançado em 2017. 

Todas as músicas que compõem os discos de Cícero são autorais, embora ele também tenha feito versões de outros artistas, inclusive recebendo premiações. O cantor acredita que se enquadra mais no estilo MPB, embora afirme ser complicado especificar um gênero. Para Cícero, o que define sua característica musical possivelmente é o fato de ele mesmo produzir as suas obras. 

SERVIÇO

Show com Cícero

Quando: sábado (15)

Horário: 21h

Onde: Teatro Sesi (Av. João Leite, nº 1.013, Santa Genoveva – Goiânia)

Entrada: R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia)

 Entrevista Cícero 

Como surgiu a proposta de fazer um show mais intimista?

Na verdade, foi uma ideia para ter uma experiência diferente. É uma turnê que circula em paralelo com a Cícero & Albatroz. Eu já toquei em Goiânia duas vezes com a banda e, agora, vou levar esse novo formato de apresentação. 

Como você vai fazer para apresentar canções do trabalho ‘Cícero & Albatroz’, sendo que elas eram interpretadas juntamente com a banda?

Algumas músicas já têm esse formato bem minimalista, e as que não têm eu foco na forma como elas nasceram. É uma experiência próxima à que teria se eu estivesse apresentando a música, em casa, para um amigo. Então eu que, durante o show, duas coisas acontecem: o público consegue ouvir algumas canções exatamente como elas estão no disco, e outras da forma como elas nasceram. 

Você acredita que esse show intimista te aproxima mais do público?

Com certeza, além de ser a intenção. É uma das coisas que mais vêm acontecendo nas primeiras vezes que apresentei esse show, porque, por ser um formato mais íntimo, focado em plateias e ambiente menores, a atenção se volta para outros aspectos. Quando você toca com uma banda, em lugares maiores, a coisa vira mais a massa sonora e tem um sentido de celebração.  Quando você está sentado em um ambiente menor, a palavra ganha uma força maior, muitas vezes o silencia também, então você estabelece uma comunicação mais íntima pela natureza física da coisa.

Suas canções têm alguma linha temática específica?

Eu componho sobre a vida cotidiana e as coisas que vão atravessando a minha trajetória. Faço músicas sobre questões grandes e pequenas, de sentimentos; algumas que têm a intenção de ser agradáveis e comunicativas, outras que já não têm essa intenção. Cada música se comunica com um tipo de pessoa. 

Você já esteve em Goiânia anteriormente. Como você avalia a receptividade do público?

Eu acho demais! Goiânia está muito ligada com tudo. Todas as formas de música que estão circulando o Brasil têm uma fonte forte em Goiânia – desde as músicas mais populares, que falam com a massa, até os circuitos mais alternativos e inventivos. Você tem cenas variadas em Goiânia, é um lugar muito forte culturalmente, acredito que cada vez mais será reconhecido como um polo cultural do País. Então eu fico muito feliz de passar por aí!   

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