‘Selma Parreira – Memória e Poética do Espaço e dos Objetos’

Exposição reúne pinturas, fotografias, painéis, objetos e instalações

Postado em: 20-09-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Exposição reúne pinturas, fotografias, painéis, objetos e instalações

Sabrina Moura*

Será aberta nesta quinta-feira (20) – e vai até o próximo  dia 24 de outubro – a exposição da artista Selma Parreira intitulada Selma Parreira – Memória e Poética do Espaço e dos Objetos que apresenta também o projeto Máquina, um coletivo da artista, juntamente com o curador Antonio Bandeira. Segundo ambos, as duas exposições se complementam: uma no salão principal e outra no mezanino do Museu de Arte Contemporânea de Goiás (MAC) e no Centro Cultural Oscar Niemeyer (CCON).

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Selma explica que a exposição é uma apresentação desse coletivo contendo a mostra individual dela – Selma Parreira – Memória e Poética do Espaço e dos Objetos – que se originou de uma pesquisa que teve um processo de três anos de imersão em um galpão de uma antiga cerealista de Anápolis. “Foi partir dessa pesquisa realizada junto com Antonio Bandeira que foram criadas duas instalações de grande formatocom autoria minha e dele. O trabalho tem uma concepção expográfica e curadoria do Antonio”, conta ela. “Faz muito tempo em que eu tinha o interesse de trabalhar nesse universo, que é de um antigo lugar da máquina de arroz, da minha família lá em Anápolis. Desde 2000 que eu trabalho com pequenos objetos deste lugar, trabalhos que fazem referência a esse lugar, mas eu me sentia na obrigação de fazer uma grande pesquisa sobre isso, enquanto o lugar ainda existia, pois o mesmo estava passando por um processo de apagamento, e var servir para um outro tipo de trabalho”, completa Selma.

Durante esse tempo, dentro desse galpão os artistas acompanharam o processo de apagamento, registraram e produziram trabalhos a partir disso. “Não é uma representação do lugar, mas são obras que têm uma leitura de referências. A história do lugar foi o assunto que detonou aquela ideia de olhar para algo e depois fazer o trabalho”, explica Selma.   

Na exposição de Selma Parreira, o público vai conferir 20 pinturas mais fotografias; do trabalho coletivo, se encontram as instalações. Por meio da sua vivência no local, Selma retrata parte das suas lembranças e memórias. “Queremos promover uma experiência, uma vivência, um deslocamento do tempo atual para um tempo passado”, esclarece ela. “Na verdade, ele é um projeto que transporta um recorte de um espaço e um tempo para os dias de hoje”, completa Antonio Bandeira.

Ação educativa

Um dos destaques da exposição é o trabalho educativo. O projeto é coordenado por Irene Tourinho e Selma Parreira, com a parceria do Núcleo de Ação Educativa do MAC/CCON. Batizado de Que Lugar é Esse?, inclui visitas guiadas, oficinas, palestras e mesa-redonda. O objetivo é estimular o contato com a obra e o processo criativo da artista. Que Lugar é Esse? tem patrocínio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura.

Segundo Antonio, o trabalho educativo traz profissionais de áreas diversas mas que possuem ligação afim com o trabalho, para reverberar o que eles fizeram em termo da pesquisa realizada. Nomes importantes do cenário das artes plásticas no Brasil já estão confirmados nas atividades: Humberto Marra (chef), Wolney Fernandes (artista visual), Katia Canton (curadora), Marcio Harum (curador) e Bené Fonteles (artista plástico) vão tratar de assuntos que relacionam arte e os elementos da exposição

A artista

Natural de Buriti Alegre (GO), Selma Parreira reside e trabalha em Goiânia. Sua produção em artes plásticas, desde os anos 1980, passa por pintura, fotografia, instalação, intervenção urbana e vídeo. Segundo a artista, a primeira vez em que se deslumbrou com o que seria uma produção de arte esua manifestação foi nos livros quando era pequena na cidade de Anápolis. “Tinha também uma obra que me fascinou muito, O Menino Azul, de Thomas Gainsborough. A imagem, nesse livro, me deixou muito encantada. Aos 9 anos, meus pais me colocaram em uma escola de desenho e pintura; a partir daí, eu considero que tenho essa vivência e convivência com o fazer e o interesse sobre a arte”, relembra Selma.

*Integrante do programa de estágio do jornal O HOJE sob orientação 

da editora Flávia Popov

SERVIÇO

‘Selma Parreira – Memória e poética do espaço e dos objetos’ e projeto ‘Máquina’

Quando: quinta-feira(20) às 20h

Onde: Museu de Arte Contemporânea de Goiás (MAG)/Centro Cultural Oscar Niemeyer (CCON) – Avenida Deputado Jamel Cecílio, Setor Fazenda Gameleira

Visitação: de 21/9 a 24/10 (de terça a sexta, das 9h às 17h, e sábados, domingos e feriados das 11h às 17h)

Entrada gratuita 

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