Segunda-feira, 01 de julho de 2024

Espírito Santo: Um estado de praias, história e cultura

Conheça os pontos turísticos, principais atividades e o que visitar no Espírito Santo, na Região Sudeste

Postado em: 05-11-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Conheça os pontos turísticos, principais atividades e o que visitar no Espírito Santo, na Região Sudeste

SABRINA MOURA*

Localizado na Região Sudeste do Brasil, o estado do Espírito Santo faz divisa com Bahia, Rio de Janeiro e Minas Gerais. As praias formam uma das regiões mais bonitas do Brasil. São mais de 400km de litoral com muitas enseadas e baías protegidas por rochas.

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O litoral é basicamente dividido em três partes: a região central, onde ficam as cidades de Vitória e Vila Velha; a região do litoral sul, onde estão os municípios de Guarapari e Anchieta; e a região do litoral norte, que é destacado pela beleza de Linhares e Conceição da Barra.

Vitória é um das três ilhas capitais do Brasil, sendo também uma das cidades mais antigas do País. Fundada em 1551, o município ainda preserva diversos patrimônios da época, como o Palácio Anchieta, a Igreja de São Gonçalo, a Catedral Metropolitana, o Convento de São Francisco e o Teatro Carlos Gomes, inspirado no Scala de Milão.

O clima, junto às belezas naturais e às tradições culturais de imigrantes europeus, compõe uma diversidade que chama atenção e faz da Região Serrana do Espírito Santo um grande polo turístico do estado. Cidades como Domingos Martins, Marechal Floriano, Venda Nova do Imigrante e Alfredo Chaves estão entre as preferidas dos visitantes.

Matas preservadas cortadas por trilhas, rios, lagoas e cachoeiras estão espalhadas por todo o estado para o delírio dos adeptos do ecoturismo. O Parque Nacional do Caparaó, área de preservação da Mata Atlântica, abriga o Pico da Bandeira, com 2892 metros de altura (terceiro maior do país).

Vitória

A capital capixaba tem climas tropicais durante todo o ano, e é uma ótima opção para quem adora curtir praias, história e gastronomia. Fundada em 1551, Vitória possuí um centro histórico mais antigo do que São Paulo e Ouro Preto (MG). A cidade pode ser dividida basicamente em três núcleos turístico, começando pelo Centro (cidade alta), onde se concentram construções históricas em excelente estado de preservação, como a Catedral Metropolitana, o Teatro Carlos Gomes e o Palácio Anchieta – uma das sedes do governo. 

A segunda parte é o bairro da Praia do Canto, que oferece boa estrutura para viajantes. Nesta parte da cidade, encontram-se diversos hotéis, restaurantes e lojas. Por último, a Praia de Camburi, a mais famosa e movimentada da cidade – também com alta concentração de opções gastronômicas e hospedagens.

Construída entre o mar e a montanha, Vitória possuí diferentes escadarias que ligam a parte alta e baixa da cidade. Dentre as diversas escadas que embelezam o Centro, está a Maria Ortiz, a mais conhecida de todas. O nome é uma homenagem a um dos maiores ícones nas lutas contra os invasores holandeses, em 1625.

Vila Velha

Vila Velha é o mais antigo município do estado do Espírito Santo, a cidade mais mais populosa do estado – inclusive superando a capital –, sendo a grande maioria da população residente na área urbana. Tem um grande porte industrial e o maior centro comercial do Estado. Vila Velha está a 5km da capital do estado e possui 32km de litoral, sendo praticamente toda recortada por praias, as quais constituem importantes ícones turísticos e paisagísticos, como a Praia da Costa, de Itapoã e de Itaparica.

A Gruta do Frei Pedro Palácios, em Vila Velha, é um vão formado pela natureza no monte onde fica o Convento da Penha. Segundo alguns historiadores, foi a primeira residência do frei Pedro Palácios. Ao lado da gruta, sobre uma pequena pedra, há uma imagem de Nossa Senhora da Penha.

Construída em 1896, a Ponte da Madalena liga a reserva de Jacarenema à Barra do Jucu. Seu nome é em homenagem à Banda de Congo da Barra do Jucu, que ficou famosa pela música Madalena do Jucu, de Martinho da Vila. A Ponte da Madalena passou por um processo de restauração, tornando-se o novo portão de entrada para a Reserva Ecológica de Jacarenema, que guarda uma rica diversidade de vegetação nativa do Espírito Santo.

O Museu Ferroviário abriga a antiga Estação Pedro Nolasco, construída em 1927, reúne um rico acervo no qual sobressaem a velha maria-fumaça, o vagão de madeira, o trólei, o telégrafo, o quepe do agente, fotografias, entre outros.

Guarapari

Em um lugar com mais de 50 praias, é natural que quem procure o que fazer, acabe pensando nas praias de Guarapari. São, de fato, belíssimas e merecem o registro. Mas. por ser uma das cidades melhor estruturadas para o turismo do Espírito Santo (são mais de 80 opções hospedagem), Guarapari também oferece outras experiências, até mesmo fora do verão. Isso porque, na alta temporada, o destino é um dos mais movimentados do litoral brasileiro, chegando a receber 1 milhão de pessoas.

Localizada numa região chamada Enseada Azul, a Praia do Padrefica meio escondida, quem estaciona na sua entrada não imagina a beleza que está por vir. É preciso atravessar um portão e descer uma escadaria de madeira. Aliás, essa escadaria e o visual das águas é realmente de tirar o fôlego. 

Anchieta

Saindo da Grande Vitória, uma boa opção é o município de Anchieta, no Sul do Estado. Além de belas e badaladas praias, o município também tem lugares para quem procura bucolismo, rica gastronomia, cultura, aventura e fé. Os balneários de Iriri, Ubú e Castelhanos são os mais procurados para quem quer curtir badaladas praias. Mas existem muitas outras – algumas isoladas e outras mais tranquilas para se divertir com a família, em meio a cenários exuberantes.

O roteiro de fé do município contempla o Santuário Nacional de Anchieta e muitas igrejas. Já para quem procura conhecer a história e respirar cultura, o ideal é visitar o Centro Cultural de Anchieta, no Centro da cidade, e o Museu de Anchieta, no bairro Porto de Cima. Ainda, o município dispõe de passeios de barco pelo rio Benevente e pelo manguezal, por onde se tem acesso as intrigantes Ruínas do Rio Salinas. Há também passeio de caiaque na lagoa de Mãe-Bá, na chegada do município no sentido Guarapari x Anchieta.

Linhares

A natureza foi generosa com Linhares, presenteando a região com lagoas, praias e cachoeiras, além de fauna e flora da Mata Atlântica. Para preservar tanta riqueza, áreas de proteção ambiental foram criadas. Entre elas está a Reserva Natural da Vale do Rio Doce, com dois mil quilômetros quadrados de floresta, explorada através de trilhas sinalizadas. 

Já a Reserva de Comboios tem as tartarugas como foco. São 37 quilômetros de praias isoladas e, no Centro de Visitantes, um aquário apresenta as diferentes espécies. O projeto é desenvolvido na comunidade de Regência, uma simpática vila de pescadores. Os surfistas marcam presença na praia da Povoação, com ondas grandes e fortes; enquanto Pontal do Ipiranga chama a atenção pela vegetação de restinga e o rústico cenário preservado. 

Já os adeptos do naturismo seguem para Barra Seca, primeira praia oficial de nudismo do Espírito Santo. A privacidade é garantida – para chegar lá, só de barco, uma vez que a praia é isolada na foz de encontro do rio com o mar. Quem é fã de água doce faz a ‘festa’ na cachoeira de Angeli, rodeada por mata Atlântica, bromélias e orquídeas. E tem ainda as dezenas de lagoas, como Juparanã – boa para banhos, pesca de dourado e para curtir o pôr do sol – e Nova, procurada para passeios de lancha.

Conceição da Barra

Mineiros e paulistas ‘invadem’ Conceição da Barra, quase na divisa com a Bahia, durante o verão. Além das praias, os visitantes curtem os passeios de barco pelo rio Cricaré e suas comunidades ribeirinhas. A turma se diverte, ainda, com o Carnaval de rua, considerado o melhor do Espírito Santo; e as festas folclóricas locais, como o Baile de São Benedito, promovido pela comunidade negra da cidade há mais de 300 anos. 

As praias extensas e contornadas por restinga, porém, são os grandes atrativos para quem vem de tão longe. A turma do burburinho segue na direção das praias do Farol e da Barra, com quiosques e boas ondas para a prática do surf. Também procurada pelos surfistas é a praia de Guaxindiba, contornada por areias finas, fofas e amareladas. Já os pescadores batem ponto em Pontal do Sul – a praia deserta e salpicada por dunas é acessível por barco e repleta de badejos.

No fim da tarde, todos os caminhos levam ao porto, onde as tribos se reúnem para contemplar o pôr do sol. Os mais animados seguem direto para o Laboratório do Altair, um boteco que oferece mais de 50 tipos de batidas e pingas feitas com raízes, ervas e frutas da região.

*Integrante do programa de estágio do jornal O HOJE sob orientação da editora Flávia Popov

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