Reconhecendo a contribuição feminina na pesca e aquicultura brasileira

Vencedoras em diferentes categorias demonstram dedicação à proteção da biodiversidade e preservação da cultura ligada à pesca

Postado em: 21-03-2024 às 12h00
Por: Luana Avelar
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Vencedoras em diferentes categorias demonstram dedicação à proteção da biodiversidade e preservação da cultura ligada à pesca | Foto: Divulgação

Sete mulheres foram reconhecidas pelo protagonismo nas áreas pesqueira e aquícola durante o I Prêmio Mulheres das Águas, evento organizado pelo Ministério da Pesca e Aquicultura. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ministra da Cultura Margareth Menezes e a Secretária de Cidadania e Diversidade Cultural do MinC, Márcia Rollemberg, estiveram presentes. 

As premiadas foram homenageadas por seus trabalhos, ações e pesquisas que contribuíram para o bem-estar social das comunidades, sustentabilidade e preservação da cultura ligada à pesca. O evento recebeu 149 inscrições de 23 estados e do Distrito Federal.

“É uma alegria imensa ver mulheres fortes, potentes e plurais sendo reconhecidas por suas contribuições e, acima de tudo, seu papel de liderança. A riqueza de nosso país está em seu povo. As homenageadas desta noite são agentes de transformação em seus territórios e, pra mim, é motivo de muita honra participar deste ato”, comentou a ministra da Cultura, Margareth Menezes. 

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Ressaltando o papel da mulher em qualquer espaço, inclusive na pesca e na aquicultura, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, afirmou que não haverá retrocesso. “Nós vamos chegar onde nós quisermos. Se eles querem nos mandar para a cozinha, nós não vamos voltar. Se eles querem que a gente vá lavar roupa, nós não vamos lavar. Nós vamos continuar sendo pescadoras, marisqueiras, professoras, deputadas, nós vamos ser o que nós quisermos, onde nós quisermos, da forma que nós quisermos, com salário igual, com todos os direitos iguais”, avisou.

“A mulher nasce para fazer o que ela quiser fazer, porque ela é dona do seu nariz”, endossou o presidente Lula.

A vencedora na categoria Pesca Artesanal em Águas Continentais, Lilian Gonçalves, de Maraã, Amazonas, foi reconhecida por seu trabalho na proteção do pirarucu contra a pesca predatória. A jovem enfatizou a importância de preservar a tradição da pesca e a biodiversidade local.

A cultura pesqueira não se limita à obtenção de alimentos, mas também representa uma tradição enraizada em muitas comunidades costeiras. As técnicas de pesca são transmitidas de geração em geração, assim como festas religiosas e artesanato inspirado na vida marinha.

De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), existem 507.896 mulheres pescadoras profissionais no Brasil. Elas representam 49% da força de trabalho na atividade. Em cinco estados do país, elas são maioria: Maranhão (56% do total), Pernambuco (55%), Sergipe (62%), Bahia (58%) e Alagoas (58%).

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