Chapada dos Veadeiros sedia a 16ª Aldeia Multiétnica

Evento de 12 a 20 de julho oferece pacotes promocionais para diversas comunidades vivenciarem danças, cantos, gastronomia e muito mais

Postado em: 31-05-2024 às 08h30
Por: Luana Avelar
Imagem Ilustrando a Notícia: Chapada dos Veadeiros sedia a 16ª Aldeia Multiétnica
Cada dia da Aldeia Multiétnica será dedicado a uma etnia diferente, com apresentações culturais, rodas de conversa, oficinas, palestras e uma feira de artesanato | Foto: Bruno Jungman

A Chapada dos Veadeiros, em Goiás, é um local de beleza deslumbrante e impregnado de uma energia única. É nesse cenário que a 16ª Aldeia Multiétnica acontecerá de 12 a 20 de julho, trazendo consigo uma oportunidade inestimável de imersão na riqueza cultural dos povos indígenas brasileiros.

Nesta última quarta-feira (29) a organização do evento lançou pacotes promocionais que permitirão a um público diversificado – pessoas com deficiência, comunidades tradicionais, idosos, estudantes, professores e moradores da região – vivenciar essa experiência transformadora. Com descontos e condições especiais, esses pacotes incluem hospedagem, alimentação e toda a programação da imersão, que permite aos participantes conhecer de perto os costumes, línguas, cantos, danças e gastronomia desses povos.

A Aldeia Multiétnica acontece em uma área de preservação ambiental na Chapada dos Veadeiros, onde oito casas indígenas foram construídas por representantes dos povos Kayapó/Mebengôkré (PA), Krahô (TO), Fulni-ô (PE), Guarani Mbyá (SC), Xavante (MT), Kariri Xocó (AL/DF), Alto Xingu (MT) e Yanomami (AM). Essa última, desenhada especialmente por Davi Kopenawa, importante liderança indígena, é um lugar de trocas e encontros entre todas as etnias.

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O espaço conta com três cachoeiras – Almécegas I, Almécegas II e a recente Almécegas III, exclusiva da Aldeia – e uma praia do Rio dos Couros, que completam as opções de vivência e descoberta.

Cada dia, uma etnia diferente realiza uma festa tradicional, com apresentações culturais, rodas de conversa, oficinas, palestras, atividades artísticas e uma feira de artesanato. Essas celebrações começam no amanhecer e se estendem até o início do próximo dia, quando o comando da Aldeia é passado para outro povo.

Além das atividades programadas, os participantes também têm tempo livre para conversar ao pé da fogueira, refletir, descansar nas redes e desfrutar dos banhos de rio, em um ambiente de profunda conexão com a natureza e com as diferentes culturas presentes.

A 16ª Aldeia Multiétnica se consolida como um dos principais destinos de turismo de experiência no Brasil e no mundo, atraindo visitantes de todos os cantos para conhecer a riqueza da diversidade cultural brasileira.

Shows nacionais

A cada ano, um show encerra a edição. Além da programação com diversos artistas e músicos indígenas contemporâneos como Tainara Takua, Cafurnas Fulni-ô, Lappa Yawalapiti, Heloisa Kariri Xocó e Owerá MC, já subiram ao palco Mateus Aleluia, Ponto de Equilíbrio, Ponto BR, Maria Gadú e Cordel do Fogo Encantado.

Nesta edição, o encerramento fica por conta de Zeca Baleiro, que recentemente criou a trilha sonora do filme “De longe toda serra é azul”, sobre a vida do indigenista Fernando Schiavini, um dos idealizadores da Aldeia Multiétnica, que também será lançado na ocasião. 

Os ingressos podem ser adquiridos pelo Sympla.

A Aldeia Multiétnica

A Aldeia Multiétnica é um projeto sociocultural que desde 2007 atua no fortalecimento das culturas e lutas políticas de grupos de mais de 10 etnias indígenas de todas as regiões e biomas brasileiros. Algumas delas: Kayapó/Mebêngôkré (PA); Avá Canoeiro (GO); Krahô (TO); Fulni-ô (PE); Guarani Mbyá (SC); Xavante (MT); Povos do Alto Xingu (MT); Kariri Xocó (AL/DF); e Karajá (TO). Mais de 10 mil indígenas de todas as regiões do Brasil já participaram da Aldeia Multiétnica. 

A Aldeia Multiétnica é realizada pela Casa de Cultura Cavaleiro de Jorge e pelo Centro de Estudos Universais – AUM, entidades privadas sem fins lucrativos. Os preços dos pacotes da vivência são cuidadosamente calculados pela equipe, que organiza o evento desde 2007. Esses custos incluem alimentação para cerca de 300 pessoas, contratação de profissionais para todas as fases do evento, transporte e alimentação dos grupos indígenas de suas aldeias e manutenção da infraestrutura do espaço. As vendas dos pacotes e entradas diárias cobrem as despesas e garantem a continuidade do projeto.

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