Depois de uma longa espera, Samuel Rosa viaja o Brasil com a nova turnê ‘Samuel Rosa Tour’. Neste domingo (7), é a vez de Goiânia receber o cantor mineiro no palco do Sesc Goiânia, no Teatro Rio Vermelho. Os ingressos para a apresentação podem ser adquiridos no site.

Samuel diz estar com grandes expectativas para se apresentar na capital goiana. “São as melhores possíveis. Estou ansioso para viajar com o novo show e feliz de que Goiânia será uma das primeiras”.

Não seria tão fácil nem rápido para o cantor desfazer-se das linhas composicionais do grupo que participou durante três décadas. No grupo mineiro Skank, que se desfez após um show épico em março de 2023 no Mineirão, em Belo Horizonte, o próprio Samuel era um mestre em melodias e batidas de violão.

O show novo traz algumas das músicas do álbum novo, ‘Rosa’, recém-lançado primeiro álbum solo do cantor, que não deixa dúvidas sobre a quase continuidade original com o Skank, e o primeiro single lançado ‘Segue o Jogo’, vão se juntar composições próprias, que foram sendo lançadas durante os últimos 30 anos. 

“Além da minha banda, que tem músicos muito talentosos, vamos com um setlist que mistura as minhas composições mais antigas, que foram sucesso com o Skank, com algumas novas canções do álbum ‘Rosa’, revela.

Samuel explica que a ideia da turnê veio por conta de sua nova carreira solo e do lançamento do meu primeiro álbum solo também. Além de querer matar as saudades do público, quer ter a sensação de ouvir as pessoas cantando músicas que compôs ao longo dos anos e que fazem parte da vida de muita gente.

“Quero trazer para o show novas músicas que compus ao longo desses anos, muitas já conhecidas pelo grande público, agora tocadas com a assinatura que minha nova banda imprime naturalmente”. 

Assim como tem feito nos shows solo, o cantor também interpreta novas releituras de músicas que gravou com outros artistas. “Em uma turnê nova como essa, a ideia é divulgar as músicas novas, recém-lançadas. Estou muito empolgado de apresentá-las para o público do Brasil todo. Mas, claro, os meus sucessos também são esperados pelos fãs que estarão no show, como ‘Dois Rios’, por exemplo”, continua.

Samuel Rosa destaca que é um show híbrido e, assim como o álbum, a ideia é privilegiar as levadas, os beats e a parte mais swingada do disco e da sua carreira. “Estou ansioso para ganhar a estrada e encontrar o público de todo o Brasil que se interessa pelo meu trabalho e, obviamente, aqueles fãs que querem ouvir as canções que eu fiz durante toda a minha carreira. Como diria Sting, é um show para fazer as pessoas se sentirem, naquele momento, no melhor lugar do mundo”, reflete.

Vale dizer que, desde 2019, já prevendo a parada do Skank, Rosa vem tocando com a sua banda. “São músicos com muita experiência. Doca Rolim já tocou comigo muitas vezes; Alexandre Mourão já fazia parte da minha primeira banda e tocamos juntos no projeto solo com Lô Borges; o Pelotas (Pedro Kremer) era do Cachorro Grande e eu já admirava o trabalho dele, e o Marcelo Dai, um virtuoso baterista me foi apresentado pelo meu filho Juliano e, apesar de jovem, já é muito conhecido na cena belo horizontina, além de já ter tocado com Liniker e outras atrações internacionais”, descreve o Samuel, destacando também que, por conta desse tempo já juntos, eles estão entrosados e com a química muito boa. “O comprometimento de cada músico deixou o trabalho muito fluido”. 

Mais três músicos formam o naipe de metais e completam a banda que acompanha Samuel no palco: Pedro Aristides (trombone), Vinícius Augusto (saxofone) e Pedro Mota (trompete). Todos eles fizeram parte da gravação do álbum ‘Rosa’ nos meses de janeiro e fevereiro.

Depois de tantos anos tocando de forma assídua, ao invés de tirar um hiato ou um ano sabático, Samuel optou por seguir na estrada com essa mesma banda, exatamente para criar essa conexão e química que tem hoje. Agora pretende inserir nessa nova turnê, aquilo que virou sua marca: um show vibrante, com energia e sempre aliado a algumas baladas clássicas.

Repertório

É um álbum fácil de assimilar, com belas músicas e arranjos. Samuel Rosa é um dos grandes compositores do pop rock nacional, se o público quiser comparar, a música ‘Segue o Jogo’ (Samuel Rosa), oitava música de ‘Rosa’, lançada como single antes do trabalho completo, leva imediatamente no ritmo da ‘Balada do Amor Inabalável’, que é um fio condutor muito típico do compositor.

‘Não Tenha Dó’ (Samuel Rosa), a terceira e linda música, fica até difícil saber com qual música do Skank ela é mais parecida, pois está tão relacionada ao cancioneiro do grupo mineiro , em melodia, ‘batida’ ou arranjo.

Já a abertura do disco ‘Me Dê Você’ (Samuel Rosa e Carlos Rennó) evoca a sensação do clássico segundo álbum do Skank, ‘Calango’ (1994), embora fosse um pouco mais moderado em relação ao ritmo juvenil anterior.

Na sétima música, a romântica ‘Rio Dentro do Mar’ (Samuel Rosa) tem um toque de atmosfera e melodia, o que nos leva a faixas como ‘Sutilmente’ e ‘Algo Parecido’. E como o próprio Samuel anunciou no seu lançamento, ‘Flores da Rua’ (Samuel Rosa e João Ferreira), sexta do álbum, “se conecta com ‘Ainda Gosto Dela’, “com pitadas de rock dos anos 1980 e beats”.

A divulgação da obra não esconde realmente a semelhança com o primeiro álbum solo de Samuel no Skank. Pelo contrário, é como se o músico quisesse confirmar que ele é o elemento principal do processo criativo de 30 anos da banda. 

O que mais mudou agora é o processo decisivo que não precisa mais ser discutido democraticamente pelos três integrantes que participavam do grupo, Lelo Zaneti,  Haroldo Ferretti e Henrique Portugal, além do empresário Fernando Furtado, fundador do grupo mineiro ao lado de Samuel.