De casa nova, ‘O Amor, a Morte e as Paixões’ chega à 12ª edição nesta quarta

Com 87 filmes de 26 países, mostra apresenta filmes de fora e dentro do circuito comercial além de produções regionais

Postado em: 20-02-2019 às 06h02
Por: Sheyla Sousa
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Com 87 filmes de 26 países, mostra apresenta filmes de fora e dentro do circuito comercial além de produções regionais

GUILHERME MELO*

Com o objetivo de promover a diversidade cultural na sétima arte, a 12ª edição da mostra de cinema O Amor, A Morte e As Paixões começa nesta quarta-feira (20), a partir das 19h, com a exibição seguida de debate da comédia dramática brasileira Happy Hour (2017), com direção de Eduardo Albergaria. Durante duas semanas, o festival ocupará as salas do Lumière Banana Shopping com títulos de fora e dentro do circuito comercial – além de produções regionais, documentários e clássicos do cinema. 

Na programação, que seguirá até o próximo dia 6 de março, são 87 filmes na mostra, sendo 80 longas e 7 curtas, de 26 países diferentes. Eles estão distribuídos em 347 sessões, numa média de 25 por dia, com exibição sempre entre 12h10 e 21h20. O festival apresenta quatro estreias em Goiânia, sete filmes nacionais e nove filmes ainda inéditos no circuito brasileiro. “A programação foi pensada para todos os públicos para que possam aproveitar o festival”, ressalta o professor de Cinema Lisandro Nogueira, curador da mostra.

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Ao longo do festival, os amantes da sétima arte terão a chance de assistir a obras que estão nos grandes circuitos comerciais, como Infiltrado na Klan, Roma e Green Bokk – O Guia. Filmes, inclusive, que estão concorrendo ao Oscar de Melhor Filme. “Grandes produções são sempre uma excelente opção, primeiro para atrair o público e, segundo, como uma oportunidade de assistir a essas obras”, revela o curador.

Desde sua primeira edição, em 2001, a mostra vem escrevendo um manifesto em prol da formação de público em Goiás. Mesmo com grandes produções, a coordenação do evento abre espaço para produções nacionais e, principalmente, as regionais. Lisandro garante: “Além dessas obras-primas, estamos trazendo filmes que falam sobre novas formas de amar, a ascensão da mulher no mundo contemporâneo, as imigrações, as novas configurações de família e a situação política mundial. São produções que vão mexer com as pessoas”. “Prezamos também, como em todos os anos, pela diversidade de gêneros e propostas estéticas, curando filmes para entreter, emocionar e inquietar os espectadores”, acrescenta Lisandro. 

Goianos

Uma novidade na programação é o maior destaque para as produções independentes realizadas em Goiás – serão 13 filmes goianos, ao todo, sendo seis longas e sete curtas, passando por vencedores e indicados em seleções oficiais de festivais internacionais como os de Cannes, Berlim, Toronto, São Paulo, Rio de Janeiro e Tiradentes.

“Em exibição recorde de filmes goianos em longa-metragem, temos a honra de valorizar nosso cinema, ao mesmo tempo exaltando o Centro da cidade, que abriga um dos mais importantes acervos de art déco do mundo”, enfatiza Lisandro Nogueira.

*Integrante do programa de estágio do jornal O HOJE

 

Voando do ninho

Pela primeira vez, a mostra deixará seu ninho no shopping Bougainville. Por conta de uma interdição das salas de cinema, determinada pelo Tribunal de Justiça, O Amor, A Morte e As Paixões será realizada no Banana Shopping, e encara o desafio de manter o sucesso de público das edições anteriores no novo espaço. 

“O Banana Shopping ganha o Centro de Goiânia, que precisa ser revitalizado”, pontua positivamente Lisandro sobre a mudança de endereço da mostra. O curador ainda comenta sobre a parte técnica do centro de compras que, agora, vai abrigar o evento: “Estou bastante animado com esse novo espaço que conseguimos. Isso permite novas oportunidades para a mostra”. Ainda segundo Lisandro, o único contratempo que a nova casa apresenta seria o estacionamento. Mas o cineasta disse que se reuniu com membros da Polícia Militar de forma a assegurar, juntamente com a Guarda Municipal, toda a segurança para o pessoal no Centro da Capital.

‘Happy Hour’ (2017)

Além de Eduardo, o ator Pablo Morais (nascido em Goiânia) participa do debate. O filme conta a história de Horácio (Pablo), que, após um acidente, muda completamente suas perspectivas de vida, e decide confessar para sua esposa, Vera (Letícia Sabatella), que deseja ter relações com outras pessoas, embora ainda queira continuar o casamento. Confusa e inserida em um momento profissionalmente complicado, ela não gosta da ideia mas percebe que precisa, mais do que nunca, continuar seu casamento.

Happy Hour foi escolhido para abrir esta edição da mostra, justamente por trabalhar com temas atuais, como relacionamento aberto e autodescobrimento. O filme foi selecionado para a mostra Première Latina do 20º Festival do Rio, e a curadoria achou que seria uma excelente forma de começar esta edição. 

“Queremos receber bem o público, e esperamos que se sintam confortáveis para debater temas sociais, que é a proposta da mostra”, finaliza o organizador. 

 

 

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