Dia do Livro Didático

Responsável por auxiliar, orientar e direcionar o currículo escolar

Postado em: 27-02-2019 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
Imagem Ilustrando a Notícia: Dia do Livro Didático
Responsável por auxiliar, orientar e direcionar o currículo escolar

Sabrina Moura*

Eles surgiram como complemento aos livros de literatura clássica. São utilizados na escola buscando ajudar na alfabetização e na divulgação das ciências, história e filosofia. Neste dia 27 de fevereiro é comemorado o Dia do Livro Didático o responsável por auxiliar, orientar e até mesmo direcionar o currículo escolar e o processo de ensino aprendizagem.

Esses livros não possuem todas as respostas mas, seu conteúdo introduz os conceitos e direcionam para o aprendizado. Para Ione Valadares, que é gerente de uma editora no qual também comercializa livros didáticos, ele tenta fazer um apanhado geral daquilo que curricularmente é considerado adequado para série e necessário para desenvolver os conteúdos que estão na grade curricular. “No Brasil essa grade curricular foi algo bem maleável, porém, agora com a aprovação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), vai acontecer a padronização em todo o País e o livro é uma forma de se adequar a isso”, explica ela.

Continua após a publicidade

Na opinião de Ieda os livros são necessários no Brasil, um País enorme com professores espalhados por todos os lugares, que às vezes não possuem ofertas e pouco acesso a outros livros; impossibilitando o mesmo de propor seu conteúdo. “Por outro lado existem algumas escolas que já não trabalham com livro didático. O próprio professor vai trabalhando os conteúdos, buscando usando sua própria abordagem, colocando textos atuais de jornais por exemplo, o que tem gerado muita reclamação dos pais. O livro didático é necessário por conta da falta de tempo dos professores em fazer uma preparação mais aprofundada de cada aula, e também é um guia para os pais acompanharem os filhos em casa, eles gostam do livro por poder saber o que é dado do primeiro dia de aula até o último – o que não impede as escolas de complementarem o conteúdo”, revela ela.

Ione explica que as escolas geralmente recebem os livros de várias editoras, a partir daí elas estudam e analisam cada um deles, e a seleção é realizada com base no conteúdo e na forma que o livro adota para ensinar. “Às vezes o livro é mais com questões de memorização, outros são com perguntas de desafio para o aluno a pensar. Se a escola está mais voltada para um trabalho mais desafiador ela escolhe os livros adequados para desafiar. Se a escola opta mais por ‘decoreba’ ela opta pelos livros mais tradicionais. Inclusive quando o Governo compra os livros didáticos para o Brasil, ele selecionam antes, fazem um catálogo com o nome de cada um deles e mandam para as escolas públicas e resolvem qual vão adotar”, aponta Valadares sobre esse processo destinado às escolas públicas que faz parte do Programa Nacional do Livro Didático. 

Ao ser questionada pelo tempo de atualização dos livros, Ione evidencia que nem todos eles precisam ser trocados. “Existem livros feitos há 20 anos que seus conteúdos ainda são utilizados por terem conteúdos mais básicos. Na verdade, se for atualizar o que muda é um detalhe atual que pode ser acrescentado há um problema de matemática, por exemplo”, conta ela. “A forma de se trabalhar os conteúdos tem mudado nos últimos 30 anos, como exemplo, os livros de gramática que são muito mais reflexivos e não de decorar a regra. Os livros tem se adaptado e não é colocado, por exemplo, uma determinada palavra que certa faixa etária vai desconhecer,”, completa e finaliza Ione.

*Integrante do programa de 

estágio do jornal O HOJE sob 

orientação da editora Flávia Popov

 

Veja Também