Carnaval X pet: o bichinho pode brincar também?

Se a opção é levar o animal para a folia, veterinário orienta buscar espaços mais tranquilos e longe do calor

Postado em: 28-02-2019 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Se a opção é levar o animal para a folia, veterinário orienta buscar espaços mais tranquilos e longe do calor

Guilherme Melo*

Para muitos, o Carnaval é uma das épocas mais esperadas do ano. Há aqueles que gostam de aproveitar o feriadão e pegar a estrada para fazer uma viagem e relaxar, os que gostam de ficar em casa e assistir a vários desfiles das escolas de samba e aqueles mais animados que não perdem nenhum bloquinho!

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Se você tem um pet em casa e vai optar por levá-lo à folia, deve se lembrar de que seu companheiro precisará de cuidado e atenção redobrados, já que o Carnaval é época de multidão, calor e muito barulho. 

Se você quer levar seu pet junto a você a um bloquinho, por exemplo, pense duas vezes, pois, como explica  Murillo Xavier, veterinário e dono de um pet shop na Capital, a atitude  requer muita atenção e responsabilidade. “Como é um ambiente muito agitado e com muitas pessoas que seu animal não conhece, não é aconselhável você levá-lo, pois ele pode ficar tímido, inquieto, com medo. E, muitas vezes, ele pode agir de maneira reativa, mordendo, avançando em alguém ou até fugindo”, alerta Murillo.

Mas, de acordo com o veterinário, é possível, sim, curtir a folia com o pet, porém, em geral, vai depender do cachorrinho, do jeito dele, que deve ser respeitado. Então segue a dica de Murillo: “Fique mais distante dos grandes aglomerados, evite os horários mais quentes do dia, procure locais com sombra e ofereça água fresca e potável constantemente para seu cãozinho”.

Identificação é fundamental 

No meio de tanta gente, não é muito difícil nos desencontrarmos dos amigos, agora imagine do seu pequeno. Então Murillo ressalta que vale a pena caprichar nas identificações que você colocará nele. “Se ele já tem uma coleira com o nome dele, é ótimo! Mas lembre-se de que tão importante quanto o nome dele é você colocar os seus dados pessoais como nome, telefone, endereço, e-mail e até o Facebook”, explica o veterinário. 

Murillo ainda lembra que, apesar de ser óbvio, em hipótese alguma a pessoa deve sair de casa com seu pet sem coleira e guia, sobretudo em um ambiente tumultuado e cheio como um bloquinho de Carnaval. “Por mais que seu cachorro seja educado e não saia do seu lado, mesmo sem coleira, não pense duas vezes e coloque coleira e guia. Lembre: é sempre melhor previnir do que remediar”, lembra Murillo.

Água fresquinha

O mais importante nos dias quentes é hidratar, e o veterinário explica que para incentivar seu pequeno a tomar bastante água é interessante “trocar sempre a água do pot, mantendo-a sempre nova e fresca”. Outra dica: “Para que o pet beba bastante água é interessante colocar algumas pedrinhas de gelo na água ou então encher o pote metade com água em temperatura ambiente e metade bem gelada”, diz o veterinário. 

Saudável e na moda 

Para aqueles que gostam de caprichar no visual, é importante manter em mente que calor e multidão já são fatores de irritação, e uma fantasia no pet pode deixá-lo ainda mais desconfortável. “Fantasia é algo que, provavelmente, ele escolheria não usar, se pudesse opinar. Porém, caso o tutor deseja colocar seu cão na brincadeira, certifique-se que seu pet não se incomoda com o acessório. A fantasia deve ser leve e de tecido respirável. Preste atenção para ter certeza de que a roupa não o machuca, esteja apertada ou causando incômodo. Não pode haver riscos de enroscar ou estrangular. É importante ficar sempre atento ao comportamento dele e nunca perdê-lo de vista”, aconselha o médico veterinário Marcello Machado.

Já em relação ao barulho, Machado  explica  que tufos de algodão podem minimizar o ruído, mas não resolvem o problema caso o barulho seja excessivo e, o cão, muito medroso ou irritável. “Vale lembrar que muitos cães também se sentem incomodados com o algodão nos ouvidos. Se for utilizar, cuidado para não colocar pedaços muito pequenos e que fiquem difíceis remover após o uso”, finaliza.

*Integrante do programa de estágio do 

jornal O HOJE sob orientação 

da editora Flávia Popov 

 

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