Um som que não se preocupa com o gênero musical

Conheça a história do cantor, compositor e instrumentista goiano Guido

Postado em: 09-04-2019 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Conheça a história do cantor, compositor e instrumentista goiano Guido

SABRINA MOURA*

O cantor, compositor e instrumentista Guilherme Jardin, mais conhecido como ‘Guido’, é natural de Goiânia, mas morou boa parte de sua infância na cidade de Paraíso, no Tocantins, e também na Espanha. Em entrevista concedida recentemente no estúdio do jornal O HOJE, Guido contou como começou sua história com a música. Ele também falou sobre suas inspirações e influências musicais adquiridas pelos lugares em que já morou. 

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Trajetória

Tudo começou quando Guido tinha 10 anos de idade ao ganhar seu primeiro violão. Segundo o artista, sua trajetória na música foi acontecendo naturalmente. “Sempre fui apaixonado por instrumentos musicais, e a minha mãe resolveu me presentear com um violão. Eu sempre me dei muito bem com os instrumentos musicais, e costumo dizer que o que as pessoas costumam chamar de dom eu prefiro definir como ‘predisposição’, aquela coisa que gera uma curiosidade, uma força motor que nos leva a fazer algo e aprender. A questão do violão comigo foi assim, a paixão, o gosto que, na sequência, acabou me levando à guitarra e a outros instrumentos”, afirma ele.

Dentre suas inspirações, o artista revela que teve muitas, porém os principais foram a banda americana de hard rock Guns N’ Roses: “Eu curtia demais a banda, os solos de guitarra e aquela multidão de gente que eles levavam para os shows. Tive muitas inspirações na carreira, mas o que mais me motivou a tocar foi poder espalhar minha mensagem. Sou uma pessoa muito espiritual, e enxergo a música como se ela fosse a prima primeira da magia, capaz de, por meio dela, transmitir a energia desejada. Quando estou em um show e vejo as pessoas cantando a minha música, que entendem a mensagem que eu quero passar, eu fico fascinado! É a melhor coisa do mundo!”.

Em seus 14 anos de estrada, o artista nunca pensou em desistir e abandonar a carreira, sendo sempre motivado, ao ver o público cantando e sorrindo, quando ele toca. “Poder transparecer o que se tem dentro da alma, através das músicas, canções e composições, é o que mais me motiva e inspira”, conta Guido.

Gênero

Uma característica inusitada de Guido é que ele não se limita a padrões musicais, e seu som não se preocupa em ter um gênero musical. “Como são muitos anos de carreira, a gente acaba tendo muitas influências, com isso eu não consigo me restringir a um gênero, só, para não limitar a minha criatividade. Adoro artistas do pop, do rock ou do funk, cada um fazendo o seu maravilhosamente; só que eu sinto que não me encaixo em um padrão específico. Se me pedirem para definir, eu não consigo; o meu toque tem muitas vertentes, tudo junto e misturado”, revela o artista.

Seu projeto intitulado Flores no Limbo, gravado em 2016 e lançado em 2018, contém cinco músicas, todas autorais: “Como todo artista, a gente passa por altos e baixos. Na época do álbum, eu passava por um momento difícil de transição, em que mudei da cidade; morava lá e fui para outro lugar, completamente diferente, tendo que reiniciar todo o trabalho. O Flores no Limbo veio por causa disso. Apesar de ser um momento difícil, o que consideramos um ‘limbo’, nós conseguimos enxergar flores, ali, que era nossa música e nossa alegria. Nós fizemos brotar flores, naquele momento, e por isso o nome do álbum é esse (…)”. “Acredito que tudo o que aconteceu na minha carreira até o momento – todos os altos e baixos – tinha de acontecer para a minha maturidade musical”, acrescenta Guido.

Uma das faixas do seu trabalho é o single A Mais Sincera, que o artista revela ter feito para sua ex-namorada. “Estava pensando nela e em algo que me lembrasse dela, e acabei falando essa frase ‘hoje eu senti o seu cheiro no meu travesseiro’. Acabei ficando com a frase na cabeça, e acabou dando música. Essa é uma das formas que acontecem e as músicas brotam”, conta ele.

A faixa Antes do Dia Clarear já alcançou quase 10 mil reproduções, o que deixou o artista feliz por ter acontecido naturalmente: “Não fiquei indo atrás – uma coisa que eu deveria ter feito, como artista –, mas não fui atrás de publicidade; foi tudo bem natural. Na época, lancei, de forma independente, e esse reconhecimento eu tenho certeza que são de pessoas que realmente gostam do meu som”.

Recentemente, Guido assinou contrato com a Midas, gravadora do conceituado produtor musical Rick Bonadio, em São Paulo, onde esteve recentemente trabalhando em seus próximos lançamentos. “A minha ida para o Midas foi bem natural. Fui aprender em um workshop, com ele, e acabaram entrando em contato comigo. O Rick Bonadio foi um cara com quem eu sempre sonhei em trabalhar, e estamos com previsão do lançamento de um EP, algo muito diferente do que eu já lancei; tentei explorar minha musicalidade ao máximo”, finaliza o artista. 

Assista a entrevista.

*Integrante do programa de estágio do jornal O HOJE sob orientação da editora Flávia Popov 

 

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