Atenção à proteína na alimentação dos pets

Carência deste nutriente pode causar problemas aos bichinhos de estimação

Postado em: 25-04-2019 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Carência deste nutriente pode causar problemas aos bichinhos de estimação

SABRINA MOURA*

As proteínas são de extrema importância, não só para os seres humanos, mas também na dieta dos animais, e a falta desse nutriente pode causar sérios problemas para o bichinho. Naturalmente, elas são encontradas em produtos de origem animal, como carne, ovos, leite e vegetais, por exemplo, couve-flor, brócolis, espinafre e agrião.

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Segundo a médica veterinária professora doutora Kellen de Sousa Oliveira, cães e gatos, antes da domesticação, eram considerados carnívoros, ou seja, sua dieta era baseada em proteína de origem animal, já que ambos viviam da caça de outros animais. “Atualmente, o cão é considerado um animal onívoro, pois, hoje, sabe-se que ele aproveita bem outros ingredientes como cereais – desde que tratados por extrusão –, frutas, legumes e até mesmo algumas verduras. O gato é um animal carnívoro, e a maior parte de sua dieta deve ser constituída por produtos de origem animal. Suas funções primordiais são o fornecimento de nutrientes, como aminoácidos, para diversas funções no organismo como reparação tecidual, formação de músculo (massa magra), constituintes do sistema imunológico, fonte de energia e dar sabor aos alimentos”, explica ela.

Kellen lembra que os alimentos mais indicados para cães e gatos são os que têm a formulação completa com ingredientes necessários a fornecer os nutrientes de que o organismo do animal precisa: “Os alimentos são exclusivamente para cada espécie. Alimentos para cães só deve ser oferecidos para cães, e alimentos para gatos só devem ser oferecidos para gatos. E o alimento de escolha deve ser oferecido na quantidade correta de acordo com o peso e a atividade física do animal”.

Dentre as deficiências causadas nos animais pela falta das proteínas, estão a perda de massa muscular em cães e gatos e, consequentemente, a perda de peso; o sistema imunológico ou de defesa pode não funcionar de maneira correta; em casos de lesões e/ou doenças os medicamentos podem não ter o resultado esperado; os hormônios podem ficar alterados. Já os pelos podem ficar quebradiços e sem brilho.

A profissional recomenda que o tutor deve sempre buscar informações com veterinário sobre qual o melhor alimento para o animal, pois cada um tem sua individualidade, e muitas vezes o alimento indicado ou a quantidade de alimento estipulada para o animal ‘x’ não é bom para o animal ‘y’. “Hoje, temos vários tipos de alimento para cães e gatos, seja industrializado ou até mesmo fórmulas caseiras, porém todos devem ser indicados por um profissional veterinário com acompanhamento do Escore de Condição Corporal (Ecc) –  avaliado sempre que necessário –, evitando, assim, uma sub ou superalimentação, o que pode gerar danos à saúde dos animais. Não é recomendado para cães e gatos que consomem alimentos industrializados (ração seca) a mistura de outros ingredientes como carne, patê e restos de comida, já que isso pode promover um desbalanceamento nutricional do alimento industrializado e deixar o animal com o mal hábito de só comer ração se tiver com o algo a mais. Caso o pet se recuse a comer o alimento a que está habituado ou o alimento de costume, é importante o tutor levar ao veterinário para avaliação geral, pois algumas doenças podem cursar com falta ou diminuição do apetite”, finaliza Kellen.

*Integrante do programa de estágio do jornal O HOJE sob orientação da editora Flávia Popov

 

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