História: Da Vinci, o pai do Renascimento

Artista é lembrado nesta quinta (2) pelos 500 anos de sua morte em uma ‘disputa artística’

Postado em: 02-05-2019 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
Imagem Ilustrando a Notícia: História: Da Vinci, o pai do Renascimento
Artista é lembrado nesta quinta (2) pelos 500 anos de sua morte em uma ‘disputa artística’

Guilherme Melo*

Um dos maiores artistas do renascimento, Leonardo da Vinci é lembrando, nesta quinta-feira (2), pelo 500 anos de sua morte. Nascido na pequena cidade de Anchiano, província de Firenze (“Florença”, na Itália), da Vinci não passou toda sua vida na capital do Renascimento, mas tinha uma forte relação com a cidade, e, ao longo da sua vida, considerava-se um pintor ‘fiorentino’. O artista foi um dos maiores representantes da arte, da medicina, da arquitetura e da engenharia na era moderna.

Continua após a publicidade

O primeiro trabalho importante de da Vinci foi uma parte da tela O Batismo de Cristo de Verrocchio, quando pintou os anjos e a paisagem, à esquerda do quadro. Em 1478, da Vinci executou um painel para a capela de São Bernardo, no Palácio da Senhoria. Em 1481, foi encarregado de pintar um painel para a igreja dos frades de São Donato, de Scopeto, próxima a Florença, mas a obra Adoração dos Magos ficou inacabada. Em 1482, com 30 anos, da Vinci transferiu-se para Milão e ofereceu seus serviços a Ludovico Sforza, o Duque de Milão, apresentando-se como engenheiro, arquiteto e pintor. Em 1483, pintou o quadro A Virgem das Rochas, da qual existem duas versões, uma no Museu do Louvre e a outra, provavelmente posterior, na Galeria Nacional de Londres, uma das suas maiores obras. 

Da Vinci viveu em Roma, entre 1513 e 1516, onde foi protegido pelo irmão do Papa Leão X. Colocou-se a serviço de Juliano de Medici. Nessa época, pintou São João Batista, provavelmente sua última obra. Com a morte de Juliano, da Vinci deixou definitivamente a Itália e transferiu-se para o Castelo de Cloux, em Amboise, na França, uma residência de Francisco I. Levou os seus manuscritos, centenas de desenhos e três quadros, todos feitos por encomenda e nenhum deles entregue. Da Vinci faleceu, no Castelo de Cloux, no dia 2 de maio de 1519. Foi sepultado no convento da Igreja de Saint Florentin, em Amboise. 

Grandes obras 

Foi entre 1506 e 1508, quando vivia em Florença, que da Vinci pintou a Mona Lisa, obra mais famosa do artista. Estudiosos estimam que ele tenha terminado a obra em 1507. Quando foi viver sob o mecenato de Francisco I, levou a obra consigo. O herdeiro do quadro, o seu discípulo Salaì, vendeu a obra, e a Mona Lisa passou a viver em Versailles. Depois da Revolução de 1789, passou para o Louvre, onde está até hoje. Mais acessível do que A Última Ceia, a pintura Mona Lisa  é vista, anualmente, por cerca de 8,1 milhões de visitantes.

Disputa pela arte 

Atualmente, o ‘artista’ está sendo ‘disputado’ pela Itália e pela França, dentro do quadro de separação em que está a União Europeia, chegando ao universo artístico. Em 2019, o Museu do Louvre marca os 500 anos da morte de Leonardo da Vinci com uma grande exposição das obras do florentino. A mostra, que conta com obras e rabiscos do artista, apresenta certa resistência do governo Italiano para disponibilizar os materiais para a França. Enquanto a burocracia é resolvida, estudiosos especulam sobre as obras que compõem esse acervo. França e Itália sempre tiveram uma ‘disputa artística’, desde a origem dos artistas do Renascimento.

Para essa exposição, estava previsto que a Itália emprestaria todos os quadros móveis e milhares de desenhos. Atualmente, existem poucos quadros de Leonardo da Vinci e milhares de esboços e desenhos, tanto artísticos como sobre os muitos interesses da sua vida, mas todos considerados, evidentemente, peças de arte. 

*Integrante do programa de 

estágio do jornal O HOJE sob 

supervisão da editora Flávia Popov 

Veja Também