‘O Príncipe Feliz’ é apresentado no Centro Cultural UFG

Será nesta quinta-feira (2) e sexta-feira (3), às 20h

Postado em: 02-05-2019 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
Imagem Ilustrando a Notícia: ‘O Príncipe Feliz’ é apresentado no Centro Cultural UFG
Será nesta quinta-feira (2) e sexta-feira (3), às 20h

Sabrina Moura* 

O espetáculo teatral O Príncipe Feliz é a atração desta quinta-feira (2) e sexta-feira (3), às 20h, no Centro Cultural da Universidade Federal de Goiás (UFG). No palco, os atores Rita Alves e Luiz Eduardo Carneiro encenam a adaptação de José Regino, conto do Irlandês Oscar Wilde escrito em 1888.

Continua após a publicidade

Mais de 130 anos depois, o conto expressa tamanha atualidade ao falar da natureza humana e de suas máscaras mais primordiais. “Estamos num período de muita polaridade, quando a capacidade de se deixar afetar pelo outro, se colocar no lugar do outro, está cada vez mais difícil. Existe uma idealização do que é ter sucesso, ser uma pessoa realizada, uma pessoa que ‘chegou lá’. O espetáculo, assim, faz um convite ao expectador a se perguntar o que realmente importa para si”, adianta Rita Alves.

Utilizando-se da linguagem da ‘palhaçaria’ e do teatro de animação, os atores vão falar do encontro entre uma artista de rua que quer o estrelato e está a caminho da cidade do show business, com a estátua do Príncipe Feliz, que é feliz apenas no nome. Longe dos muros do palácio, foi colocado em um pedestal, e pôde contemplar todo o sofrimento de seu povo. Dele se apieda, por ele é mortificado, mas que nada pode fazer para minorá-lo. Para falar desse encontro, o elenco trabalha com comicidade, drama e poesia.

Sinopse

A estátua  (do Príncipe Feliz) foi colocada na praça da cidade em homenagem ao Príncipe Feliz após a sua morte. Ao ser colocada lá, a estátua – que antes vivia rodeada pelos muros altos do palácio e não se podia ver para além deles –, vê e contempla a miséria do homem, e, se sentido impotente diante de tanto sofrimento, se entristece. A estátua está ali, há séculos, e, nesse tempo, viu a cidade sendo abandonada, aos poucos, pelos seus habitantes, que se dirigiam às grandes metrópoles em busca de melhores oportunidades, deixando a cidade quase deserta. Mesmo a cidade estando quase deserta, toda noite o Príncipe a contempla, do alto de seu pedestal, observando os poucos moradores que ali ficaram, e, na sua impotência diante de toda a miséria de seu povo, chora.

Em um dia, ao cair da noite, surge Diadorinha, uma palhaça em busca do estrelato que quer chegar à cidade do show business e se tornar uma grande estrela. Procurando um lugar para descansar, ela se depara com a estátua do Príncipe Feliz, e resolve passar a noite ali. No meio da noite, Diadorinha acorda pensando que está chovendo, quando percebe que é a estátua que chora. Após equívocos e estranhamentos, o Príncipe vê, em Diadorinha, a possibilidade de amenizar um pouco o sofrimento de alguns moradores da cidade, fazendo de Diadorinha sua mensageira. Assim, o Príncipe doa o rubi de sua espada para uma mulher que está com o filho doente, um de seus olhos que são safiras raras para um homem que mora na rua e vive a comer restos, e o outro para uma menina que vende doces e deixou todos caírem na sarjeta. Diadorinha também ameniza a tristeza do Príncipe, fazendo para ele uma apresentação com um boneco corcunda.

Quando o Príncipe fica cego, Diadorinha, que estava sempre de partida, decide ficar com ele para sempre. Os dois estabelecem uma relação pautada pela poesia e a palhaçaria, que vai durar até o fim do espetáculo, com o Príncipe pobre e nu, pois doou também todo o ouro que existia em seu corpo estátua. Nesee momento, Diadorinha vai vesti-lo com sonhos, uma linda capa bordada com todos seus sonhos.

*Integrante do programa de estágio do jornal O HOJE sob orientação da editora Flávia Popov

SERVIÇO

‘O Príncipe Feliz’

Quando: quinta-feira (2) e sexta-feira (3)

Onde: Teatro do Centro Cultural UFG (Av. Universitária, nº 1.533, Setor Leste Universitário – Goiânia)

Horário: 20h

Entrada: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)

 

Veja Também