“Ponte perfeita entre regionalismo, vida urbana e amor”

Vanessa da Mata apresenta, nesta terça-feira (4), sucessos de ‘Quando Deixamos Nossos Beijos Na Esquina’

Postado em: 04-06-2019 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Vanessa da Mata apresenta, nesta terça-feira (4), sucessos de ‘Quando Deixamos Nossos Beijos Na Esquina’


Guilherme Melo*

Abençoada inicialmente por Chico César e Maria Be­thânia, Vanessa da Mata continua fazendo a ponte perfeita entre regionalismo, vida urbana e, mais do que nunca, o amor. A cantora se apresenta em Goiânia, nesta terça-feira (4), no projeto Música no Câmpus. Na ocasião, a artista vai mostrar seu novo trabalho, o álbum Quando Deixamos Nossos Beijos Na Esquina, no Centro de Cultura e Eventos Ricardo Freua Bufáiçal, Campus Samambaia, Universidade Federal de Goiás (UFG). 

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Lançado na última sexta-feira (31 de maio), o material é composto por 11 faixas e conta com participações de nomes como o rapper baiano Baco Exu do Blues. A produção musical do disco é da própria Vanessa da Mata. Nesse processo de criação, ela conta que sentiu um ‘laboratório alquímico’ de sonoridades e rios de sensações. “Meu disco trata disso, com músicas leves e curtas letras. O pop romântico, a brasilidade, a canção, o reggae californiano, os ritmos dançantes: fiz questão de juntá-los sem distinção”, define Vanessa ao Essência. 

A cantora revela que Quando Deixamos Nossos Beijos Na Esquina surgiu de uma sensação de muito incômodo com o Brasil. “Estamos vivendo uma época com muitas opiniões fanáticas e com a falta de respeito com o outro; isso me incomoda muito. O fato de ter uma opinião contrária é motivo para falta de empatia, falta de educação e diálogo. É quando deixamos nosso amor ao próximo de lado. Com isso, eu senti a necessidade de me expressar e falar sobre isso; assim surgiu o disco”, conta Vanessa. 

O sétimo álbum de estúdio prossegue seus achados poéticos e melodias intuitivas, sendo uma realização da carreira da artista. “É o álbum mais autoral de todos. Ele estabelece a ponte perfeita entre regionalismo, vida urbana e, mais do que nunca, o amor. Me sinto muito completa com Quando Deixamos Nossos Beijos Na Esquina”, diz Vanessa. Segundo a cantoria, suas canções não nascem no violão ou no piano, não acontecem no estúdio. “Elas surgem em minha mente, pelos cafés do mundo, meu lugar preferido para rascunhar letras, inventar harmonias”, conta.

Vanessa conta que o principal objetivo do disco é estabelecer uma ponte entre todos os pensamentos, mostrando que possam existir de maneira harmônica: “A principal mensagem que eu tento passar no álbum são o respeito e a tolerância. Que tenhamos um País de primeiro mundo, em que, por exemplo, a educação não seja apenas um privilégio, mas um direito básico de todos”.

Uma prova dessa união é a participação do rapper baiano Baco Exu do Blues, que apresenta um som completamente diferente do que Vanessa  estava acostumada. “O trabalho com Baco surgiu de maneira muito natural. A música já estava quase pronta, mas eu sentia que faltava alguma coisa. Um amigo tinha falado sobre ele, e fiquei muito animada, e comecei a pesquisar sobre ele. Fiquei encantada com o som dele, algo mais jovem, com um ritmo quase carnavalesco, combinou bastante com a música – além de mostrar a diversidade que defendo no disco”, explica Vanessa.

No show, a artista não vai deixar de cantar os sucessos que a colocaram no patamar atual como  Ai, Ai, Ai e Não Me Deixe Só. “Sou apaixonada por Goiânia! Eu ainda não conheço a UFG, então desta vez vai ser mais prazeroso ainda!” Aí eu sinto em casa; nasci no Mato Grosso, então entendo muito dessa região e das maravilhas pequi e da pamonha”, finaliza a cantora. 

*Integrante do programa de estágio do jornal O HOJE sob supervisão da 

editora Flávia Popov 

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