Dupla francesa encerra turnê brasileira, nesta sexta-feira, em Goiânia

SABRINA MOURA

As cantoras francesas Aurélie e Verioca encerram a turnê no Brasil com apresentação nesta sexta-feira (7), às 20h, no Teatro Sesc Centro. Com o romantismo da música francesa e da MPB, as artistas levam para o palco repertório do terceiro CD da carreira, intitulado UATU.

Aurélie afirma que este trabalho de novas melodias e letras bastante íntimas está ligado às emoções pessoais e aos sentimentos de seres humanos em um mundo às vezes difícil de compreender. “Uma das canções que escrevemos, durante esses anos, é uma homenagem à tragédia de Bento Rodrigues e do Rio Doce. E, escrevendo a canção, descobri que os índios Krenak chamavam o Rio Doce de ‘Uatu’. Assim nasceu a canção que ganhou esse título e deu o nome ao disco”, explica a artista.

Esse terceiro trabalho é muito importante para as cantoras, porque ele concretiza dez anos de parceria e também por ser ligado a um show que foi concebido como um espetáculo mais teatral. “O conjunto é uma proposta de levar os ouvintes e espectadores para o nosso universo musical franco-brasileiro”, diz Aurélie.

Ambas as cantoras acham importante lembrar que a música é uma proposta de sociedade. “É patrimônio, é transmissão, é um jeito de formar um grupo, de vibrar junto. Quando as pessoas escutam uma música no rádio, no spotify, ou no CD, elas recebem uma energia comum. Essa energia que a gente quis passar, no nosso último disco, é de paz, é de luta, é de alegria de ser vivo, é feita de tudo que faz a nossa humanidade”, afirma Aurélie.

UATU é um disco franco-brasileiro cujas composições ‘bebem’ na fonte das músicas brasileiras que as artistas amam e que alimentam há muitos anos: baião, samba, choro, e também a música mineira. “A gente faz turnês aqui no Brasil, desde 2012, e essas viagens se tornaram um compromisso que temos com o nosso público. Aqui, em Goiânia, é a segunda vez que a gente se apresenta, e é muito emocionante para nós voltar”, finaliza Aurélie.

(Sabrina Moura é estagiária do jornal O Hoje sob orientação da editora do Essência, Flávia Popov)