Campanha orienta sobre o manuseio de fogos de artifício

Cultura

Postado em: 14-06-2019 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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DA REDAÇÃO

Uma em cada dez pessoas tem um de seus membros superiores amputados ao manusear fogos de artifício. E dos cerca de 120 mortos nos últimos anos, mais de 24 eram crianças com menos de 14 anos de idade. Os dados são tão alarmantes que a data 6 de junho foi instituída como o Dia Nacional da Luta contra Queimaduras pela Lei de número 12.026 de 2009. Mas a ‘luta’ vai além deste dia: é reforçada principalmente  em junho e julho por serem meses propícios ao manuseio de fogos de artifício por conta das festas juninas.

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Atenta à importância desta causa, a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) lançou uma campanha em todos os seus canais de comunicação para conscientizar a população sobre como prevenir os altos índices de traumas e queimaduras durante as festas juninas e julinas. A campanha é feita em parceria com a Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão (SBCM) e Conselho Federal de Medicina (CFM) e conta com o apoio do Ministério da Saúde e Associação Médica Brasileira (AMB). “Em respeito à cultura da queima de fogos de artifícios no Brasil, nosso objetivo não é condenar, mas sim orientar e conscientizar sobre uso e manuseio corretos dos explosivos pelos adultos, e bombinhas e estalinhos pelas crianças. Afinal as festas de São João são sinônimo de diversão e alegria para toda família”, reconhece o presidente da Comissão de Campanhas Públicas da SBOT, Sandro Reginaldo.

O presidente da SBOT, Moisés Cohen, compartilha da mesma opinião, e acrescenta que os principais problemas envolvendo fogos são a perda dos dedos e até da mão devido à explosão antecipada do artefato. 

Segundo o Sistema de Informação Hospitalar (SIM), nos últimos dez anos 5.063 pessoas foram internadas para tratamento por acidentes com fogos de artifício. Os homens representam a absoluta maioria dos registros: 4.245 internações, número que representa 83% do total de casos. As mulheres representaram apenas 17% das ocorrências, com 853 internações. 

“A maior faixa etária dos acidentados atendidos pelos ortopedistas é de pessoas com 19 a 59 anos, seguida por maiores de 60 anos, e, em terceiro lugar, menores de 18”, lista Moisés Cohen. 

 

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