‘Arte: tradução de traços e cores do cotidiano’

Nonatto Coelho lança o livro ‘Iconografia Poética’ em homenagem a 49 artistas atuantes em Goiás

Postado em: 18-06-2019 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Nonatto Coelho lança o livro ‘Iconografia Poética’ em homenagem a 49 artistas atuantes em Goiás

SABRINA MOURA

Iconografia Poética, de Nonatto Coelho, é uma obra que reúne retratos de artistas que foram pintados por ele por meio das técnicas de óleo ou acrílicos sobre telas e poemas biografados de Rosy Cardoso. O livro, que traz uma compilação de 49 imagens (algumas delas estão acima), será lançado, nesta terça (18), no Hotel Serra de Goyás, em Goiânia. A entrada é gratuita.

Segundo Nonatto, as obras – de artistas goianos ou que vivem e trabalham no Estado de Goiás – começaram a ser produzidas em 2015. “Comecei fazendo retrato dos amigos. Eu fotografava o rosto e transformava em pintura, da minha maneira. Fui fazendo e interpretando o rosto de um por um. E, após a exposição dessas obras, que veio a ideia de compilar todas em um livro. A poeta Rose Cardoso rapidamente escreveu os poemas, biografando cada um que eu retratei, por meio do pincel”, explica ele. 

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O artista revela que essa pequena enciclopédia da arte moderna e contemporânea do Estado é um recorte de uma boa parte de artistas goianos e consagrados, que sabem sedimentar a história de Goiânia, e contribuem para o acervo cultural e expressões na contemporaneidade. “Para mim, é muito gratificante prestar essas homenagens. Eu gosto muito de fazer parte e ajudar a fixar a história da arte goiana na nossa sociedade e compartilhar a história dela sob a minha ótica. Essa obra apresenta uma pequena parcela dos artistas goianos, e também não é por isso que quero dizer que os retratados são os melhores; foram escolhidos por serem amigos próximos”, diz Nonatto.

O livro traduz admiração respeito e vontade do artista de catalogar – mesmo que apenas uma pequena parte – alguns artistas atuantes no Estado: “Quando os pintei, todos ainda eram vivos, mas três deles, nesse momento, já não estão mais entre nós: Fé Cordula, o Juca de Lima e, recentemente, o Roos”.

Por meio dessas obras, Coelho se remete a uma expressão romântica da arte – de tentar traduzir uma realidade entre traços e cores do cotidiano e da vida do retratado.

O artista

Nonatto Coelho iniciou na arte, em 1982, selecionado no V Salão Nacional de Artes Visuais, da Fundação Nacional de Arte – Funarte, no qual era um dos cinco representantes do Centro-Oeste, e teve a sorte ou o mérito – como ele mesmo diz – de ganhar alguns dos melhores prêmios da arte brasileira.

Com o prêmio de viagem a Paris – conquistado na Bienal de Arte do Estado de Goiás –, o artista foi para o exterior em 1990, onde residiu por mais de dez anos entre Grécia, Israel, Egito e Itália. Realizou exposições coletivas e individuais nos países: França, Grécia, Israel, Holanda, Alemanha, Itália, Japão e Estados Unidos.

(Sabrina Moura é estagiária do jornal O Hoje sob orientação da editora do Essência, 

Flávia Popov) 

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