Pets: cães e gatos podem doar sangue

Veterinária explica a importância do procedimento e alerta para a escassez de doadores e a necessidade urgente de promover essa atitude que salva vidas

Postado em: 08-07-2019 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Veterinária explica a importância do procedimento e alerta para a escassez de doadores e a necessidade urgente de promover essa atitude que salva vidas

Ninguém está livre de sofrer um acidente ou uma doença grave, não é mesmo? Qualquer um de nós pode precisar de transfusão de sangue, a qualquer momento, e com os pets não é diferente. Porém, se os bancos de sangue para humanos já sofrem com a falta de doadores, imagine a dificuldade de conseguir sangue para os animais.

Para promover e divulgar sobre esse procedimento, a veterinária Luana Sartori explica como funciona a doação e quais animais podem fazê-la. “O processo de doação de sangue para os pets dura cerca de 15 minutos, e não possui contraindicação. Um cão doador precisa ter mais de 30kg, ser vacinado e ter idade entre 1 e 8 anos”, explica. 

Luana conta ainda que animais com histórico de doenças infecciosas ou que tenham recebido transfusão não podem doar. Os felinos também podem salvar vidas, conforme esclarece a especialista. “Gatos doadores precisam pesar no mínimo 4kg e ter entre 1 e 7 anos. Os animais devem ter temperamento calmo e estar com controle de pulgas e dócil”, acrescenta. 

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Além disso, todo animal possui uma tipagem e um fator tipo RH, ou seja, o processo de transfusão precisa ser entre pets de mesma espécie, independente da raça. “Enquanto nós temos sangues dos tipos A, B, AB e O, os gatos contam com três tipos sanguíneos, e os cães possuem 13. É essencial que o veterinário responsável pelo procedimento avalie criteriosamente esses precedentes antes de realizar a transfusão sanguínea”, esclarece. 

As vítimas de atropelamentos, picadas de cobras, intoxicações, problemas renais e no pâncreas são as que mais necessitam de doação. “É fundamental que os tutores se informem sobre esse procedimento e contribuem para que possamos salvar mais vidas”, alerta. Muitos têm medo, porque ainda desconhecem o procedimento. A ideia de dor e sofrimento para o doador é comum, mas completamente equivocada, conforme explica a profissional. 

“Os bancos de armazenamento para animais praticamente estão vazios por falta de doadores, infelizmente. Estamos falando de salvar vidas de fato, visto que a falta de bolsas de sangue nos hospitais é fator decisivo na vida ou morte de um animal que precisa de ajuda”, ressalta Luana. (Da redação) 

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