Câncer de mama também afeta cães e gatos

O câncer de mama também afeta os animais, é importante ressaltar fatores de prevenção e tratamento contra a doença - Foto: Divulgação

Postado em: 16-10-2019 às 07h00
Por: Elysia Cardoso Ferreira
Imagem Ilustrando a Notícia: Câncer de mama também afeta cães e gatos
O câncer de mama também afeta os animais, é importante ressaltar fatores de prevenção e tratamento contra a doença - Foto: Divulgação

Elysia Cardoso

O mês de outubro é o mês da campanha ‘Outubro Rosa’, em prol
ao câncer de mama. O que algumas pessoas ainda não sabem, é que a doença não é
exclusividade dos humanos e pode atingir também os animais. Segundo o portal do
Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), a incidência do tumor em
cadelas é de cerca de 45%, quase o dobro dos casos da doença em mulheres, e que
aproximadamente 30% das gatas são identificadas com o tumor maligno.

Da mesma maneira que a doença se desenvolve nos humanos, ela
se manifesta em cães e gatos. Durante o desenvolvimento da enfermidade, uma
célula sofre alteração em seu código genético e fica vulnerável a se tornar
cancerosa. Essa mesma célula que sofreu alteração pode começar a se
multiplicar, e se acumulada forma um tumor maligno, que se propaga e invade tecido
por tecido até atrapalhar o funcionamento do órgão do animal.

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Conforme a médica Ruth Guedes relata ao Essência, essa grave
doença pode ser prevenida, assegurando a saúde do animal. “A prevenção é feita
por meio da castração precoce, observação constante do animal e consultas frequentes
ao Médico veterinário”, exemplifica a médica. Outro fator que é essencial para
a prevenção, é a atenção com os primeiros cuidados após adotar um animal de
estimação. “Essa castração precoce é a forma mais eficaz e indicada deve ser
feita preferencialmente, antes do primeiro CIO das fêmeas”, reforça Ruth.

É importante mesmo após os primeiros cuidados de prevenção,
estar atento ao comportamento do animal. Nesse caso a detecção precoce do
câncer de mama é fundamental para a eficiência no tratamento da doença e
diminui os riscos de morte do pet. “Por meio da palpação das mamas dos animais,
é possível observar se existe a presença de nódulos mesmo que pequenos, e a
avaliação de rotina em um médico veterinário também é válida, se necessário,
deve solicitar exames específicos para a descoberta precoce e o tratamento mais
eficaz contra a enfermidade”, explica Ruth Guedes.

Caso o pet seja diagnosticado com câncer de mama, deve se
iniciar o tratamento. Para a cura existem duas saídas, a cirurgia ou a
quimioterapia. “O mais indicado para o tratamento é a cirurgia para extração
dos tumores ou das mamas. Em alguns casos pode ser feita também a quimioterapia
antineoplásica”, informa a médica. Nos casos em que o tumor é benigno,
geralmente, a cirurgia é suficiente para que o animal não apresente mais
problemas. Nas ocorrências em que o tumor é maligno, a quimioterapia pode ser
indicada a fim de eliminar totalmente a doença do corpo de cães e gatos.

Tendo a cirurgia como solução, o tutor assume um papel
importante nesse processo, o de cuidar do animal de estimação no pós cirúrgico.
É normal que o animal necessite de mais cuidados e atenção, para se recuperar
totalmente.  Sobre as consequências
deixadas pela enfermidade invasiva, a médica veterinária Ruth Guedes conceitua
a importância de cuidados e métodos contra a reincidência do problema. “Se
removido e não tiver vestígios da doença em outros órgãos, o animal tem
qualidade de vida, porém precisa ser monitorado regulamente por um médico
veterinário para exames de rotina. Caso a doença esteja presente em outros
órgãos será necessário tratamento adequado de acordo com o órgão afetado. Caso
ocorra em um órgão vital o risco de morte do animal será grande”, avisa a
médica.

Devido à gravidade desse problema de saúde que alguns pets podem
enfrentar, a conscientização proposta pela campanha ‘Outubro Rosa’ se estende
para os tutores de animais de estimação. É possível cuidar, prevenir e garantir
o bem estar dos bichos, para prevenir não somente o câncer de mama, como também
as demais doenças. Os animais que recebem as principais vacinas ficam livres da
incidência de uma série de outros problemas sérios.

(Elysia
Cardoso
 é estagiária
do jornal O Hoje, sob orientação do editor 
Lucas de Godoi)

 

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