Em carta, turismo expõe temor a colapso por causa da pandemia

Um pedido de socorro do setor que mais sofre com a paralisação das atividades. Prejuízos chegam a R$ 14 bilhões - Foto: Reprodução

Postado em: 05-05-2020 às 19h31
Por: Raphael Bezerra
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Um pedido de socorro do setor que mais sofre com a paralisação das atividades. Prejuízos chegam a R$ 14 bilhões - Foto: Reprodução

Juliana Gomes

Carta aberta ao Governo Federal, assinada por presidentes de associações ligadas ao setor do turismo de São Paulo, lamenta as consequências sofridas em decorrência da pandemia de Covid-19.

A documento reflete a preocupação em relação a sobrevivência do segmento e traz inúmeras indagações sobre futuro e a crise econômica enfrentada por conta das portas fechadas. “É possível existir turismo no país sem parques, resorts e hotéis?.” Também perguntam como seria a retomada das companhias aéreas e locadoras de automóveis sem os produtos e serviços oferecidos pelo turismo.

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Na carta há o questionamento da classe, sobre qual outro setor seria capaz de gerar o efeito multiplicador e descentralizador para a economia, mas o ponto central é a insatisfação com as soluções oferecidas pelo Governo Federal a outros setores através da MP 936. Que segundo os empresários do turismo, mesmo impactados pela crise, continuam produzindo. Situação que não foi possível para o segmento.

Também foram citados números que comprovam a situação caótica enfrentada. Para a classe, a indústria do turismo foi a primeira a sofrer os impactos e será a última a retomar sua normalidade. Até o momento os prejuízos chegam a R$ 14 bilhões desde o início da crise. Foram contabilizadas ainda, 295 demissões, que geram impactos em 571 atividades econômicas que dependem do segmento de viagens.

“O efeito dominó diante da paralisação da atividade turística de lazer e de negócios pode levar à falência não apenas de empresas, mas também de inúmeros municípios espalhados pelas cinco regiões do país que tem suas atividades diretamente ligadas.”, diz.

Pede também, medidas prioritárias voltadas ao setor do turismo a fim de minimizar os prejuízos. “É o momento do Governo Federal dar prioridade para o turismo, onde o motor da atividade: resorts, hotéis e parques, necessitam de um auxílio adicional para sobreviverem. Já estão na UTI! Precisam de (respiradores) e um remédio de uso contínuo por 03 anos para conseguir sua alta, ou seja, recuperação completa.”, cobra.

Por fim, o documento reforça que: “mais do que salvar 8,1 % do PIB Nacional é vital salvar toda a cadeia de empregos, diretos, indiretos, formais e informais, que atuam em todo setor do turismo do nosso país, do Oiapoque ao Chuí.” 

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