Bebês podem ser expostos ao sol?
Qualquer queimadura solar de primeiro grau, já configura como um fator de risco para um futuro câncer de pele
Em 2013, uma família de Santa Tereza do Oestes, no Paraná, foi denunciada por um vizinho após um bebê de cinco meses sofrer queimaduras provocadas pela exposição ao sol, resultando em uma hospitalização.
De acordo com funcionários do Conselho Tutelar que acompanharam o caso, a criança sofreu queimaduras de 1º e 2º graus em quase todo o corpo.
Os responsáveis responderam pelo crime de maus tratos, e a justiça determinou que o bebê morasse com a avó materna. Por mais que pareça um caso absurdo, o ocorrido em Santa Tereza do Oeste não é tão incomum. Afinal, muitos papais e mamães de primeira viagem não tem muita ideia de como lidar com a exposição dos filhos aos raios solares, e podem ser bastantes descuidados.
Bebês podem tomar sol?
Por muito tempo, era recomendado que todos os bebês recebessem um banho de sol diário para aumentar a produção de vitamina D ou diminuir a icterícia – que causa uma coloração amarelada na pele dos bebês.
No entanto, alguns avanços científicos mostraram que a vitaminda D pode ser suplementada oralmente e que a icterícia pode ser tratada tranquilamente com equipamentos de fototerapia.
Sendo assim, especialistas afirmam que um bebê não deve ser exposto ao sol até pelo menos seis meses, pois é nessa fase que são mais sucetíveis a apresentar queimaduras e desidratação. Então, o melhor horário para tomar sol, é antes das 10 horas e depois das 16 horas, quando a radiação ultravioleta é menor.
Além disso, os protetores solares podem e devem ser usados em crianças pelo menos 20 minutos antes da exposição solar e reaplicado a cada duas horas. Caso a criança entre em contato com água, o produto deve ser reaplicado logo depois.
Caso esteja planejando dar uma “voltinha” com seu filho, evite exposição nos horários de pico da radiação ultravioleta e dê preferência para lugares com bastante sombra. Lembre também de redobrar os cuidados com a hidratação e roupas de acordo com a estação do ano.
Recomendações
Como dito anteriormente, não é recomendável que bebês com menos de seis meses tenha contato com raios solares por muito tempo. Qual o motivo da estrição? Nessa idade, a pele do bebê ainda é muito sensível e o uso de protetores solares pode causar processos alérgicos e irritativos, como dermatites de contato, vermelhidão, descamação e outras lesões cutâneas.
Logo após esse período, o protetor solar deverá ser o melhor amigo de seus filhos para o resto da vida. Em relação ao fator de proteção solar (FPS), o mínimo para pessoas mais novas deve ser de 30, com aplicação em todo o corpo – incluindo orelhas, mãos e pés. Qualquer queimadura solar de primeiro grau, já configura como um fator de risco para um futuro câncer de pele.
Em dias muito quentes, os papais ou responsáveis devem reforçar a hidratação dos bebês acima de seis meses oferecendo água, sucos naturais, água de coco e alimentos que contenham água, como melancia e melão. Com essas medidas, seus filhos estarão mais seguros e longe de qualquer risco futuro.