Cordyceps: saiba mais sobre o fungo da série ‘The Last of Us’
Sim, o fungo existe. Mas não precisa entrar em pânico
The Last of Us é uma franquia de games nascida para consoles PlayStation, e que recebeu uma série neste ano – que vem chamando a atenção de diversas pessoas.
Com um enredo ambientado em um mundo pós-apocalíptico, o jogo e a série não tratam necessáriamente de zumbis comedores de cérebro, mas de uma mutação causada pelo fungo cordyceps, que existe de verdade.
Cordyceps infectam insetos
A inspiração para Neil Druckmann e Bruce Staley, criadores do jogo, veio após um documentário produzido pela BBC (disponível abaixo).
Nele, é possível ver como o cordyceps consegue afetar os insetos, especialmente as formigas. Um vez completo o ciclo de infecção (o que leva algum tempo), e o animal morre, sua cabeça explode em vários esporos pelo ar, facilitando a contaminação de outros seres vivos da mesma espécie.
Seres humanos são imunes ao cordyceps
Diferente do que foi apresentado nos jogos e na série, o cordyceps não tem força para infectar seres humanos. O processo para infectar humanos levaria milhões de anos para acontecer, especialmente porque o salto da infecção de um inseto para uma pessoa é algo muito grande.
Na versão apresentada em The Last of Us é explicado que a infecção em seres humanos aconteceu por conta das mudanças climáticaa. O motivo para isso é que o cordyceps não conseguiria sobreviver por conta da temperatura do homem e, no caso da infecção, isso teria ajudado na resistência do fungo.
Fungo pode ser benéfico para as pessoas
Por mais esquisito que pareçam existem casos em que o cordyceps é utilizado como auxílio para tratamentos, sendo bastante popular na medicina chinesa, japonesa, coreana e indiana.
Alguns benefícios no uso do cordyceps:
- Ajuda a melhorar anemia;
- Reforça imunidade;
- Retarda o processo de envelhecimento;
- Ajuda na recuperação pós-cirúrgica;
- Ação antitumoral;
- Auxilia no combate à impotência sexual.
Cordyceps não cria zumbis
Como foi introduzido no jogo e na série, infecção pelo cordyceps não cria zumbis, como muitos acreditam. Vale ressaltar que zumbi é uma pessoa que morreu e “voltou a vida”, em muitos casos, mantendo apenas algumas funções básicas.
No caso da infecção com o fungo, a pessoa não chega a morrer. Ela continua viva e sofrendo alterações biológicas de acordo com o estágio que se encontra.
Batismo do fungo
Apesar de existir no planeta Terra há bastante tempo, o cordyceps recebeu esse nome apenas em 1818, após estudos realizados pelo micrologista E.M. Fries. Inclusive, existem relatos de que outros fungos estão interagindo com formigas pelos últimos 48 milhões de anos.