Conheça 5 fatos sobre os animais de Chernobyl

Na madrugada do dia 26 de abril de 1986, o reator 4 da usina nuclear de Chernobyl sofreu uma explosão, responsável por

Postado em: 07-03-2023 às 16h28
Por: Cecília Epifânio
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Conheça 5 fatos sobre os animais de Chernobyl | Foto: iStock

Na madrugada do dia 26 de abril de 1986, o reator 4 da usina nuclear de Chernobyl sofreu uma explosão, responsável por uma das maiores crises da história. Com mais de 100 vezes a quantidade de radição liberada no bombardeio de Hiroshima, Chernobyl deixou de ser um cidade modelo para ser uma cidade fantasma, dando origem à chamada Zona de Exclusão.

Enquanto as pessoas iam evacuando a cidade, a vida selvagem continuava existindo e seguindo o seu curso natural. Agora, após quase quatro décadas da explosão, a vegetação voltou a tomar conta da região e os animais que conseguiram suportar os índices elevados de radiação parecem estar melhores do que nunca.

Cavalo selvagem

Em 1994, o cavalo-de-przewalski foi considerado extinto da natureza. O avistamento da espécie datava como sendo da década de 1960, o que significava que eles estavam vivendo em grupos pequenos e áreas remotas – durante o século XX, esses animais eram encontrados em áreas que iam da Mongólia até o Leste Europeu.

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Durante a década de 1990, Mike Wood e Nick Beresford, ecologistas britânicos, se especializaram em estudar os efeitos da radiação na vida selvagem de Chernobyl. Eles acabaram percebendo que o cavalo-de-przewalski estava retornando em uma quantidade expressiva na Zona de Exclusão. Desde então os animais vêm sendo monitorados e, a cada dia que passa a quantidade tem aumentado.

Insetos mortos pela radiação

Existe uma lenda de que as baratas seriam as únicas sobreviventes caso acontecesse um desastre nuclear. Bom, o acontecido em Chernobyl tem mostrado que, talvez, a situação seria um pouco diferente. Enquanto a maioria dos vertebrados conseguiramnresistir à radiação, alguns insetos e aranhas não tiveram a mesma sorte, e acabaram tento uma queda em seus números.

Um estudo de 2009 indico que quanto maior era a radiação em alguns pontos de Chernobyl, menor era a sua população de animais invertebrados. Esse padrão também foi observado após o acidente nuclear na usina de Fukushima, no Japão, em 2011.

Animais mutantes?

De acordo com um estudo de 2011, os animais da região de Chernobyl tiveram 20 vezes mais mutações genéticas do que quando comparados com populações de outras áreas. Não que eles tenham aparência monstruosa, como vemos em alguns filmes de ficção, mas é possível notar algumas pequenas mudanças. A radiação afeta o DNA, fazendo com que algumas características surjam por acaso.

Os animais que estavam mais próximos da usina durante os primeiros dias, certamente morreram por conta da alta quantidade de materia radioativo, já os animais sobreviventes tiveram alterações em seu material genético. Um exemplo desse snaimais mutantes é o caso da andorinha. Alguns biólogos já relataram que a quantidade de andorinhas albinas é muito maior na Zona de Exclusão do que fora dela.

Áreas com níveis mais altos de radiação também parecem ter dado origem a populações de pássaros com cérebros menores, esperma menos viável e diminuição da diversidade e abundância de espécies.

Acúmulo de radiação preocupante em ratos

O césio-137 tem uma meia-vida de mais de 30 anos. Em alguns organizmos, a radiação pode ser acumulada por gerações, como é o caso de alguns fungos. E como esses fungos servem como alimentos para alguns roedores, algumas espécies apresentam uma concentração um de radiação um pouco elevada.

As principais consequências envolvendo animais menos férteis em áreas de amior concentração radioativa, com uma queda correspondente nas populações em geral. Eles também demonstraram ter taxas mais altas de catarata do que os animais de fora da Zona de Exclusão.

Adoção de cães de Chernobyl

Após o acidente nuclear, muitos animais foram abandonados em Chernobyl. Como eles não se espalharam por grandes territórios, a maioria foi deixada para viver na cidade abandonada. Atualmente, uma organização chamada Clean Future Fund trabalha em campanhas para fornecer cuidados médicos, vacinas e allimentos para filhotes de cães e gatos de Chernobyl. Desde 2018 esse cães e gatos foram identificados como tendo níveis seguros de radiação e passaram a ser adotados

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