Conselho Federal de Medicina proibe uso do ‘chip da beleza’: especialista aponto malefícios na proibição
Chip da beleza acabou sendo proibido após o uso exacerbado por parte dos atletas e adeptos de musculação
Por: Mariana Fernandes
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O ‘Chip da beleza’ passou a ser muito utilizado por mulheres em razão de seus benefícios. Ao oferecer rapidamente ganho de massa muscular, diminuição de celulite, aumento da disposição e da libido, muitos atletas e adeptos de musculação, começaram a utilizar o medicamento de forma exacerbada. Para conter o consumo indevido, o Conselho Federal de Medicina (CRF) proibiu o consumo popular e estabeleceu a utilização legal apenas para o tratamento de doenças, disfunções hormonais ou processos de transição de gênero.
As motivações para o CRM fazer a proibição do “chip da beleza” envolvem o seu uso indiscriminado, a falta de esclarecimentos sobre seus efeitos colaterais, a propaganda antiética, a falta de protocolos consistentes comprovando doses de segurança, segundo a resolução publicada em neste terça-feira 11 de abril.
Mesmo com a proibição, a cirurgiã plástica Renata Magalhães acredita que, apesar da autorização legal, o medicamento possivelmente continuará sendo utilizado. “Como cirurgiã plástica, recebo em meu consultório muitas mulheres que usam terapias hormonais. Quando questiono os motivos e os efeitos, a maioria diz que o uso dos hormônios melhorou sua vida. Por isso, acredito que elas não abrirão mão deles e, mesmo que os médicos não prescrevam, outros profissionais o farão”, diz.
Segundo a especialista, o problema é mais que estético, e pode se tornar um problema emocional. “Eu acredito que exista a necessidade de uma discussão mais ampla sobre o tema, com diretrizes para que os médicos possam trabalhar de forma a fazer o melhor para os seus pacientes. Com a população já acostumada aos benefícios, a simples proibição somente irá fomentar o mercado negro. Pessoas que poderiam se beneficiar destes tratamentos, desde que feitos a devida segurança e informações ao paciente, deixarão de ser atendidas pelos profissionais éticos e qualificados e certamente irão procurar quem prescreva de forma irregular.”