Conheça um dos filmes mais perturbadores da história

Inspirado em casos reais de sequestros de crianças, Megan is Missing foi criado de forma independente em 2006 – e com um orçamento bastante limitado -, mas só estreou cinco anos após produzido, com a ajuda da Anchor Bay Films.

O longa foi comercializado como um filme educacional, por trazer à tona temas completamente atuais: os predadores sexuais e pedófilos na internet. O filme foi recebido com muitas críticas negativas dos especialistas e logo caiu para o esquecimento.

Acontece que em 2020, nove anos após seu lançamento, Megan is Missing viralizou bastante no TikTok. Além disso, por conter um grafismo muito forte e explícito, a Nova Zelândia chegou a banir o filme.

Sobre o filme

Filmado no estilo found-footage – como se fosse um documentário gravado por uma câmera de vídeo comum -, Magan is Missing conta a história de duas amigas que vivem no norte de Hollywood.

Megan Stewart (Rachel Quinn) é descrita como a popular garota do ensino médio que é considerada a alma da festa. Após conhecer Josh (Dean Waite) on-line, Megan decide se encontrar com o homem pessoalmente e acaba desaparecendo.

Apartir daí, sua melhor amiga, Amy Herman (Amber Perkins) procura entender o que aconteu, já que, até então, as autoridades haviam presumido que a garota tinha fugido.

Após três semanas do desaparecimento, Amy também é sequestrada durante sua investigação particular sobre o paradeiro da amiga. Sequestrada por Josh, ela acaba vivendo momentos de puro terror e tortura.

A polêmica

Apesar de abordar uma discussão importante, Megan is Missing choca por sua natureza exploradora, violência gráfica e o excesso de sexualização de menores de idade.

Por conta desses fatores, em outubro de 2021, o Office of Film and Literature Classification da Nova Zelândia chegou a proibi-lo no país. O longa foi classificado como “questionável”.

Segundo o órgão “O recurso retrata violência sexual e conduta sexual envolvendo jovens em tal extensão e grau, e de tal maneira, que a disponibilidade da publicação provavelmente será prejudicial ao bem público”.

Em 2020, Megan is Missing apareceu no TikTok com diversos vídeos de pessoas dizendo estarem “traumatizadas” após assistirem o filme. Como consequência, o diretor Michael Goi publicou um vídeo na plataforma fazendo um alerta sobre sua produção: “Não pude dar a vocês os avisos habituais que costumava dar às pessoas antes de assistirem ‘Megan is Missing'”.

“Não assista ao filme no meio da noite, não assista ao filme sozinho e, se as palavras ‘foto número um’ aparecer na tela, você tem cerca de quatro segundos para desligar o filme, se você já está com medo antes de começar a ver essas cenas, talvez não consiga ver [o filme] até o final”, completou.

Megan is Missing foi protagonizado por atores estreante ou até mesmo inexperientes, que tinha estrelado apenas comerciais de televisão ou programas de TV. De acordo com Alexandra Heller-Nicholas, em ‘Found Footage Horror Films’, Goi escreveu todo o roteiro em apenas 10 dias.

Além disso, por conta de seu conteúdo gráfico da produção, o diretou solicitou que os pais dos jovens, que protagonizaram o longa, estivesse presentes durante toda a filmagem, para que tivessem ciência do envolvimento dos filhos em Megan is Missing.