Oppenheimer: 5 coisas que você precisa saber antes de assistir ao filme

Quem foi Oppenheimer? Qual sua relação com Hiroshima e Nagasaki? O que era o Projeto Manhattan? Tudo o que você precisa saber antes da estreia

Postado em: 18-07-2023 às 14h00
Por: Cecília Epifânio
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Oppenheimer: 5 coisas que você precisa saber antes de assistir ao filme | Foto: Montagem/ Laboratório Loa Alamos/ Universal Pictures

Estamos na semana de estreia de um dos filmes mais aguardados pelo público nos cinemas brasileiros: Oppenheimer. A megaprodução de Christopher Nolan chega às telonas nesta quinta-feira (20).

Mas, afinal, do que se trata o longa? Quem foi a pessoa que inspirou essa produção? Por que o nome Oppenheimer é tão importante no contexto da Segunda Guerra Mundial?

Caso queira esclarecer essas dúvidas a respeito do físico norte-americano – considerado o “pai da bomba atômica” -, confira cinco curiosidades a respeito de Oppenheimer.

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Quem foi Oppenheimer?

O norte-amreicado de origem judaica alemã, Julius Robert Oppenheimer nasceu no dia 22 de abril de 1904, na cidade de Nova York, nos Estados Unidos. De uma família abastarda, seu pai acabou se tornando um homem rico quando passou a importar tecidos e se mudar do Reino da Prússia para os Estados Unidos. Oppenheimer foi se interessar por química quando ingressou no colégio.

Em 1925 ele se formou na matéria, pela Universidade de Harvard. Mas, anteriormente ele havia estudado física na Universidade de Cambridge e na Universidade de Götting, e teve seu doutorado em 1927.

Com contribuições significativas na área da física teórica, mecânica quântica e física nuclear, ele acabou sendo recrutado para trabalhar no famoso Projeto Manhattan durante a Segunda Guerra Mundial.

Julius Robert Oppenheimer também foi nomeado diretor do Laboratório de Los Alamos, no Novo México, onde acabou ficando encarregado do desenvolvimento da bomba atômica.

O que era o Projeto Manhattan?

Oficialment a Segunda Guerre teve início no dia 1º de setembro de 1939, mas algumas semanas antes, no dia 2 de agosto, o então presidente dos Estados Unidos Franklin D. Roosevelt recebeu uma carta que continha um conteúdo um tanto preocupante.

A missiva foi escrita pelo físico húngaro Leó Szilárd e tinha a assinatura de Albert Einstein. A carta Einsteun-Szilárd, como ficou conhecido o documento, estava alertando sobre um possível desenvolvimento de uma bomba atômica pela Alemanha, e pediam para Roosevelt não deixar o “inimigo” conseguir tal tecnologia.

Dezembro de 1941 foi quando os Estados Unidos entraram, de fato, na Segunda Guerra, após o ataque contra a base de Pearl Harbor.  O Projeto Manhattan surgiu com o objetivo alertado na carta, em 13 de agosto de 1942.

Hiroshima e Nagasaki?

Julius Robert Oppenheimer dedicava sua vida aos estudos dos processos energéticos das partículas subatômicas, mas devido a necessidade de largar à frente o fez ser convocado para o Projeto – onde dedicou-se a estudar o processo de separação de urânio-265 do urânio natural. Além de definir a massa crítica necessária para a fabricação da bomba.

Oppenheimer também se envolveu em questões fundamentais a respeito do projeto das bombas atômicas e esteve envolvido em decisões de como as tais bombas seriam utilizadas.

Em 16 de julho de 1945, a operação “Trinity” foi realizada no deserto do Novo México e obteve sucesso nos testes de explosão da primeira bomba atômica da história. Apesar de todo o sucesso, J. Robert Oppenheimer demonstrou ter se arrependido da criação:

“Agora eu me tornei a Morte, o destruidor de mundos”, declarou.

Isso porque, apenas três semanas depois, entre os dias 6 e 9 de agosto, os Estados Unidos lançaram bombas atômicas contra as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki — causando entre 150 mil e 250 mil mortes.

Como e quando morreu?

Após o remorso pela sua criação, o físico norte-americano se tornou um defensor do controle atômico e demonstrava desaprovação total pelo ato de seu país contra o Japão. Após largar o Projeto Manhattan, o governo dos Estados Unidos passou a perseguir Oppenheimer, que se tornou um Inimigo do Estado.

Investigado pelo FBI, ele foi acusado de ser comunista, mas uma investigação anterior revelou que o cientista não possuía ligações com os soviéticos. Com sua reputação arruinada, ele se mudou para as Ilhas Virgens.

Quando já vivia em Princeton, Nova Jersey, Oppenheimer foi diagnosticado com câncer na garganta. Fumante inveterado, ou seja, que fuma um cigarro seguido de outro, ele acabou passando por diversos tratamentos e até mesmo a quimioterapia, mas acabou entrando em coma no dia 15 de fevereiro de 1967. Três dias depois, veio a falecer, aos 62 anos. Seu corpo foi cremado e as cinzas jogadas no mar por sua esposa, Kitty.

Qual o tema do filme?

Como já dito, Oppenheimer chega aos cinemas brasileiros no próximo dia 20 de julho, quinta-feira da semana que vem. O longa é dirigido por Christopher Nolan, conhecido por obras-primas como Interstelar (2014), A Origem (2010) e a trilogia Batman: Batman Begins (2005), Batman: o Caveliro das Trevas (2008) e Batman: O cavaleiro das Trevas Ressurge (2012).

O filme é baseado no livro escrito por Kai Bird e Martin J. Sherwin chamado Oppenheimer: O triunfo e a tragédia do Prometeu americano, publicado no Brasil pela Intrínseca.

“Ambientado na Segunda Guerra Mundial, o longa acompanha a vida de J. Robert Oppenheimer (Cillian Murphy), físico teórico do Laboratório de Los Alamos durante o Projeto Manhattan – que tinha a missão de projetar e construir as primeiras bombas atômicas. A trama acompanha o físico e um grupo formado por outros cientistas ao longo do processo de desenvolvimento da arma nuclear que foi responsável pelas tragédias nas cidades de Hiroshima e Nagasaki, no Japão, em 1945”., diz a sinopse oficial do longa.

Além de Murphy, conhecido por seu papel em Peaky Blinder, Oppenheimer ainda conta com um elenco de peso, com nomes como Matt Damon, Emily Blunt, Florence Pugh e Robert Downey Jr., entre outros.

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