Confira 5 dicas para reduzir as cólicas menstruais
Essa dor mensal pode vir acompanhada de outros sintomas, como diarréia, náuseas e cansaço
Por: Cecília Epifânio
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A dismenorreia, mais conhecida como cólica menstrual, é caracterizada por dores na regiã pélvica e acompanha boa parte das pessoas com útero durante a idade reprodutiva. A intensidade dela costuma varias e, até mesmo, se expandir para as costas (região da lombar) e pernas. Além disso, a cólica pode vir acompanhada de outros sintomas como náuseas, vômito, dores de cabeça, cansaço, diarreia e outros.
Conforme explica a Dra. Juliana Sperandio, durante o período menstrual ocorre a descamação da camada interna do útero, chamada de endométrio. Então, ele é eliminado pela vagina em forma de sangue.
“Neste período, as contrações uterinas aumentam, justamente para auxiliar na eliminação do endométrio. Para auxiliar neste processo, há aumento de mediadores inflamatórios locais, e isso, associado à contratilidade uterina aumentada, pode causar dor do tipo cólica”, acrescenta a médica.
Tipos de cólica menstrual
A cólica menstrual pode ser classificada em:
- Primaria: a mais comum é acontece devido às contrações uterinas intensas e aumento da produção de prostaglandina (uma substância semelhante a um hormônio) pelo endométrio
- Secundária: esse tipo está mais associado às doenças no aparelho reprodutivo, endometriose, miomas, tumores pélvicos, fibromas, estenose cervical e outras patologias.
Alguns fatores que influenciam na dor
Existem alguns fatores que podem sim influenciar na intensidade da cólica menstrual, como o estresse, uso de pílula anticoncepcional, idade, condições médicas (como a endometriose), exercícios físicos em excesso ou até mesmo exaustão e consumo de alimentos que podem causar uma distensão abdominal (como os alimentos processados).
“O mais importante é você perceber esses fatores no dia a dia, como eles te impactam ao longo do ciclo menstrual, e acolher seu corpo nestes momentos, evitando estes fatores de piora da dor”, recomenda a Dra. Juliana Sperandio.
Mas, existem atitudes que podem ajudar a diminuir a cólica.
Atitudes para diminuir a cólica
Algumas medidas – que não consistem em medicamentos -, podem ajudar a reduzir a intensidade da cólica ou cessá-la por um tempo. A Dra. Juliana Sperandio recomenda o uso de compressas quentes na região da pelve e lombar, pois ajuda a relaxar os músculos uterinos. Outra dica da ginecologista é realizar massagens na região lombossacral (região baixa das costas), para reduzir a tensão muscular.
Fora isso, também é possível apostar em:
- Exercícios físicos;
- Alimentação balanceada;
- Descanso;
- Consumo de chás;
- Evitar cafeína e alimentos ricos em sal.
Quando procurar ajuda médica?
Para a Dra. Juliana Sperandio, as mulheres e outras pessoas com útero foram sempre ensinadas que sentir dor durante a menstruação é normal e que devem se adaptar a ela. No entanto, a dor pode ser sinal de que algo no corpo não está bem. Ainda segundo a médica, a normalização da dor, nos impede de olhar de fato para o nosso corpo e identificar problemas de saúde.
Por isso, a ginecologista indica procurar um ginecologista ao apresenta um ou mais destes sintomas que causa dor e comprometimento da qualidade de vida:
- Cólicas moderadas/fortes no período menstrual (que você pode classificar de 6 para cima, em uma escala de 0 a 10);
- Dor pélvica recorrente fora do período menstrual;
- Cólicas menstruais associadas a sintomas urinários e/ou intestinais;
- Cólicas menstruais associadas a aumento excessivo do fluxo menstrual.
Sendo assim, é possível investigar e tratar possíveis problemas como endometriose, adenomiose e miomas uterinos.