Google ajuda empresa aérea a refazer rotas para reduzir impactos ambientais
Com ajuda de inteligência artificial, a empresa criou mapas para que aviões evitassem fazer rastros - atividade auxilia no aquecimento global
Por: Mariana Fernandes
Sabe aqueles rastros esfumaçados que os aviões deixam no ar? Aquilo vai muito além do que nuvens bonitinhas. Além dos malefícios gerados pela omissão de gases, essas listras auxiliam e muito no aquecimento global.
O rastro é formado quando o vapor d’água se condensa em torno da fuligem ou de outras partículas liberadas pelo avião, por isso o nome: rastros condensados. Ao reter o calor, elas deixam o planeta um pouco mais quente.
Para sanar o problema, a American Airlines -maior empresa aérea do mundo e a Google fizeram uma parceria para estudarem como podem combater esse mal. Com o auxílio de mapas e do Breakthrough Energy, fundo de investimento climático de Bill Gates, a linha aérea estuda como evitar a formação dessas nuvens.
E a resposta chegou. É possível evitar a formação de “trilhos” tomando rotas em que haja menos umidade. A missão dos pilotos agora será desviar de regiões mais úmidas com ajuda de mapas.
Para desenvolver os mapas, uma equipe de pesquisa se debruçou sobre imagens de satélite para localizar e rotular os “trilhos”. Então, eles alimentaram uma inteligência artificial com esses dados.
Para desenvolver os mapas, uma equipe de pesquisa se debruçou sobre imagens de satélite para localizar e rotular os “trilhos”. Então, eles alimentaram uma inteligência artificial com esses dados. Ao total foram 70 voos testes durante seis meses.
Dentre os resultados, os investigadores descobriram uma redução de 54% na formação de rastros. Com apenas uma mudança simples na rota de voo foi possível solucionar o problema e diminuir o impacto climático.
Apesar de os testes terem gasto 2% de combustível a mais para desviar das zonas de umidade, o aumento para a companhia aérea seria de apenas 0,3%, segundo o Google – porque poucos voos precisam de configurações. São poucos dólares para um benefício climático equivalente a evitar a emissão de uma tonelada de dióxido de carbono.
Para a American Airlines, ainda são necessárias mais pesquisas para implementar essa medida nos voos da linha. O próprio estudo ainda não foi revisado por pares, sendo divulgado apenas em um vídeo e post do Google. “Mas já é uma inovação importante para a aviação”, destacou a empresa.
