Segunda-feira, 22 de julho de 2024

Conheça a Bluesky, rede social do mesmo criado do Twitter

Seria ela a rede social capaz de tirar o X (antigo Twitter) do reinado?

Postado em: 27-09-2023 às 15h35
Por: Cecília Epifânio
Imagem Ilustrando a Notícia: Conheça a Bluesky, rede social do mesmo criado do Twitter
Conheça a Bluesky, rede social do mesmo criado do Twitter | Foto

No último dia 18, durante uma videoconferência com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Natanyahu, o dono da Tesla e X (antigo Twitter), o bilionário Elon Musk, cogitou começar a cobrar uma taxa mensal para todos os usuários de sua rede social.

A nova sugestão foi o que faltava para a Bluesky, concorrente do antigo passarinho azul, batesse o recorde de novos usuários: 42 mil em 24 horas. Mas afinal de contas, da onde surgiu a Bluesky? Qual o seu diferencial (ou semelhança) em relação ao X?

O “céu azul” (tradução literal do nome) surgiu em 2019. e até então, fazia parte do ecossistema do antigo Twitter. Ela foi criada pelo cofundador e ex-CEO do Twitter, Jack Dorsey. Em 2021 a rede se tornou independente, quando Dorsey decidiu largar a antiga empresa.

Continua após a publicidade

A iniciativa nasceu por conta de uma proposta um tanto diferente. Enquanto redes sociais mais famosas como X (Twitter), Facebook e Instagram possuem servidores administrados por uma única empresa, a Bluesky é do tipo rede social federada. 

O que é isso? Um rede social federada funciona como um e-mail. Ou seja, ela não tem nenhum servidor hospedando o site, mas sim em diversos lugares. Na prática, isso significa que sua gestão é descentralizada.

Criada com base no Protocolo AT (Authenticated Transfer, ou protocolo autenticado de transferência), ele tem o objetivo de permitir a portabilidade da plataforma com qualquer outra conta, rede social, site e etc. Além disso, o projeto é de código aberto, o que significa que cada pessoa pode baixar o programa e modificar da maneira que quiser. 

A ideia é que, dessa forma, as pessoas tenham controle sobre seus dados pessoais, sem que eles fiquem armazenados no banco de dados de qualquer empresa. A plataforma também promete ao usuário o controle sobre o funcionamento dos algoritmos que operam a rede social.

A Bluesky ainda está em fase de testes para IOS e Android, mas não está disponível para todos: para entrar, é preciso convite. E, para ganhar o tal convite, é preciso fazer um cadastro em uma lista de espera no próprio site da empresa.

Como funciona?

Na prática o Bluesky não é tão diferente do visual do Twitter. No centro da tela, há a linha do tempo (timeline; ou, aqui, skyline). À esquerda, temos o menu da rede, com as configurações, feed, perfil, e etc. Os posts (ou skeets) podem conter até 300 caracteres, e o trending topics aqui é chamado de What’s Hot.

Porém, como todo programa em fase de teste, nem tudo são flores. Por exemplo, ainda não é possível enviar DMs (mensagem direta). Também não existe um suporte para vídeo ou GIFs.

Ainda é muito cedo para dizer se o Bluesky vai detonar o X – muitas outras redes tentaram e fracassaram (alô Koo e Threads!). Mas o fato é, a cada nova decisão absurda de Musk, a rede social de Dorsey cresce um pouco mais. E não deixa de ser curioso já que a Bluesky (criatura) surgiu como uma extensão do Twitter (criador). Seria um baita plot twist na história das redes sociais.

Veja Também