Estudo mostra como mulheres que praticam pilates possuem facilidade para chegar ao orgasmo; entenda

Após três meses fazendo aulas duas vezes na semana, as voluntárias relataram uma melhora significativa no desejo sexual, aumento de orgasmos e queda nas dores durante o sexo

Postado em: 14-10-2023 às 09h21
Por: Cecília Epifânio
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Estudo mostra como mulheres que praticam pilates possuem facilidade para chegar ao orgasmo; entenda | Foto: iStock

A prática do pilates pode ser uma solução ao sofrimento causado pela baixa libido, dificuldades para atingir o orgasmo e dores durante o sexo. De acordo com o estudo realizado por pesquisadores da Universidade Sakarya, na Turquia, as voluntarias relataram uma melhora significativa nos problemas relatados após aulas duas vezes na semana durante três meses.

A pesquisa contou com 36 mulheres, de idades entre 20 e 50 anos, que mantinham um relacionamento sexualmente ativo há pelo menos três meses e menstruavam regularmente. Todas as voluntárias sofriam de disfunção sexual feminina (FSD), uma condição que afeta o apetite sexual, dificulta a excitação ou orgasmo e causa dores durante o sexo com penetração.

Os estudos sugeriram que até 80% das mulheres em todo o mundo sofrem com esse tipo de problema, dependendo de como o termo é definido. Uma pesquisa mostra que os níveis mais baixos de atividades físicas estão associados a um maior risco de sofrer de disfunção sexual. Há poucos medicamentos disponíveis para FSD, então estudos sobre outras formas de aliviar os sintomas, como exercícios, são fundamentais.

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O pilates, como prática, envolve exercícios repetitivos realizados em um tapete de ioga ou um aparelho para aumentar a força, estabilidade e flexibilidade. Além disso, trabalha utilizando seis princípios básicos: centralização, concentração, controle, precisão, respiração e fluxo.

Cada voluntária participou de uma aula de pilates de uma hora, duas vezes por semana durante três meses – se abstendo de outros exercícios. Os resultados mostraram que suas vidas sexuais tiveram uma drástica melhora após o tempo estipulado pelo estudo. Em média, a pontuação auto-relatada da voluntárias saltou de 12 para 29 (o máximo é 95). Uma pontuação abaixo de 26 é considerada um sinal de disfunção sexual feminina.

Os níveis de desejo melhoraram em 136%, enquanto o número de orgasmos aumentou 140% e a dor durante o sexo caiu 116%. Além disso, houve uma grande melhora nos níveis de humor. Na avaliação sobre depressão, a média caiu de 25 pontos para 14 (o máximo é 63), ficando abaixo do limite de 17 pontos — pontuações mais altas são consideradas um marcador de depressão.

“Apesar da popularidade e das alegações de saúde do exercício de pilates, nenhuma pesquisa prospectiva foi realizada para medir seus efeitos terapêuticos na disfunção sexual de populações femininas adultas. Nossas descobertas sugerem que o potencial de programas de exercícios de pilates pode melhorar as funções sexuais em mulheres com FSD e talvez uma nova opção de tratamento para FSD”, escreveram os pesquisadores no estudo.

A equipe não investigou os mecanismos por trás de suas descobertas. Mas eles disseram que as mudanças na resposta sexual das mulheres estão “intimamente ligadas às flutuações do dia-a-dia de felicidade, entusiasmo, calma e medo”. Estudos anteriores mostraram que o pilates aumenta o humor, a satisfação com a vida e a saúde, o que poderia explicar a ligação.

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