Pirossomas: conheça os seres colossais de 18 metros que surgem com as ondas de calor no oceano

Cientistas da Oregon State University fizeram uma análise sobre um ser vivo que passou a aparecer com muita frequência nas praias da

Postado em: 15-05-2024 às 12h47
Por: Cecília Epifânio
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Cientistas da Oregon State University fizeram uma análise sobre um ser vivo que passou a aparecer com muita frequência nas praias da costa oeste dos Estados Unidos. Transparentes e gelatinosas, as pirossomas – conhecidas também como “picles do mar” – são colônias de animais que passaram a ser vistas em 2013, durante uma onda de calor marinha. Essa foi a primeira vez em 25 anos que a criatura foi observada na região.

Por mais que pareçam inofensivos, as pirossomas representam uma grande ameaça à cadeia alimentar. Segundo estudo publicado na NewScientist, a presença desses seres prejudica a oferta de alimentos para animais que estão acima delas, na hierarquia predatória, como os peixes. Isso porque elas se alimentam de fitoplâncton, base alimentar de muitas outras criaturas.

“Os pirossomas consomem animais na base da cadeia alimentar e retêm essa energia. Eles estão retirando do sistema a energia de que os predadores precisam”, disse Lisa Crozier, cientista pesquisadora do NOAA Fisheries Northwest Fisheries Science Center e coautora do artigo.

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O que são as pirossomas?

As pirossomas são criaturas marinhas notáveis, tanto pela sua ocorrência surpreendente quanto pelo seu tamanho impressionante, que pode alcançar até 18 metros de comprimento. Visualmente, elas lembram um tubo rosado coberto por padrões distintos ao longo de seu corpo. Esses organismos são na verdade colônias compostas por milhares de pequenos animais chamados zooides, que juntos formam o tubo oco característico.

“Isso poderia ter enormes implicações no fluxo de energia em este ecossistema e na quantidade de peixes que podemos capturar”, diz Dylan Gomes, da Oregon State University.

Segundo a pesquisa, as pirossomas não são uma fonte significativa de energia para outras espécies marinhas, sendo consideradas “difíceis de digerir”. Portanto, não são consumidas com a mesma frequência que outras criaturas marinhas, como as águas-vivas. Além disso, o valor nutricional das pirossomas ainda não é bem compreendido.

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