Roberta Close: conheça a primeira transexual do Brasil e ícone dos anos 80
Roberta fez história pela sua carreira e marcou programas de auditório
Por: Otavio Augusto Ribeiro dos Santos
Roberta Close, a primeira transexual do Brasil, foi uma musa que parou o país nos anos 1980. Hoje, ela leva uma vida discreta com seu marido na Suíça, mas sua trajetória de vida continua inspirarando e quebrando tabus ao decorrer dos anos.
Nascida como Luiz Roberto Gambrine Moreira, Roberta descobriu na adolescência que era transgênero e adotou a identidade de gênero feminina. Aos 14 anos, após enfrentar preconceito familiar, ela deixou sua casa em busca de independência.
Sua carreira como modelo decolou rapidamente, tornando-se uma das mais requisitadas do Brasil e trabalhando para grandes grifes internacionais.
Roberta se tornou uma sensação na mídia, aparecendo em capas de revistas e programas de televisão, e desfilando em passarelas ao lado de supermodelos como Cindy Crawford e Linda Evangelista.
Em 1984, uma das grandes polêmicas de sua carreira ocorreu quando foi sugerida como musa do clipe da música “Dá um Close Nela” de Erasmo Carlos, apesar de o cantor afirmar que ela não foi a inspiração para a canção. O boato de um suposto romance entre os dois gerou grande repercussão, mas ambos negaram qualquer envolvimento além do profissional.
Hoje, aos 58 anos, Roberta vive em Zurique com seu marido, o empresário suíço Roland Granacher. Embora tenha se afastado dos holofotes, ela recentemente voltou ao Brasil para participar do programa “Altas Horas”, da Globo. Além disso, está em produção um documentário que explorará sua vida pessoal e profissional, oferecendo uma visão mais profunda de sua jornada.
Em 2023 Roberta veio ao Brasil para um bate-papo com Serginho Groismann, a modelo falou sobre a reação de sua família quando decidiu transicionar para o sexo feminino e relatou diversos episódios de preconceito dentro de casa.
“Falando de sofrimento, quando eu era mais jovenzinha, me lembro que a minha família pedia que eu sair de casa para que os outros parentes não me vissem e soubessem dessa história desagradável. Isso me magoava muito. Era um pouco marginalizada a situação”, contou Roberta Close.
