Por onde anda o brasileiro que já foi o 7° mais rico do mundo
Ex-magnata dominava diversas áreas de investimentos, foi preso e viu sua fortuna desmoronar em dias
Por: Otavio Augusto Ribeiro dos Santos
Eike Batista, que já foi o homem mais rico do Brasil e o sétimo mais rico do mundo em 2012, viu sua fortuna de US$ 30 bilhões desmoronar após uma série de escândalos e problemas judiciais.
O ex-magnata, que dominava um conglomerado empresarial abrangendo setores como mineração, petróleo, energia, logística, imóveis, turismo e entretenimento, teve sua ascensão meteórica seguida por uma queda igualmente dramática.
Em 2013, Eike começou a enfrentar graves acusações de inflar dados de suas empresas, principalmente a OGX, sua petroleira. A situação se agravou quando ele foi preso na Operação Lava Jato, acusado de participar de um esquema de corrupção com o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral.
Condenado a 30 anos de prisão por pagamento de propina e a 28 anos por crimes contra o mercado financeiro, ele passou três meses atrás das grades em 2017.
Apesar de realizar uma delação premiada e pagar uma multa de R$ 800 milhões, Eike ainda enfrenta pendências judiciais e seus bens continuam bloqueados. Ele declarou ao portal UOL que, agora, viaja em aviões comerciais e não possui mais os luxuosos carros que ostentava. Ainda assim, mantém sua ambição de voltar ao mundo dos negócios.
“Gosto de me envolver em rupturas, e ruptura é no mínimo deixar alguma coisa 100% melhor. Muitas vezes, até 10.000% melhor,” afirmou Eike, demonstrando o desejo de retomar sua trajetória empresarial. Ele se descreve como “radioativo” e critica o que chama de “aberração jurídica” de sua situação.
Atualmente, Eike vive da prestação de serviços de consultoria e cursos de empreendedorismo. “Eu vivo desse trabalho, literalmente, graças a Deus. Inteligência se vende. Capacidade de visualizar, enxergar e mostrar ideias novas.
Os empresários gostam de saber do empresário que gerou tanta riqueza e também das falhas. Porque um empresário que não teve um fracasso ou alguma coisa importante que não funcionou ainda tem o que aprender,” comentou ele.
Agora envolvido com projetos na área de biotecnologia e com interesse particular em fertilizantes, Eike Batista continua a buscar novas oportunidades, esperando um dia reverter sua situação judicial e retornar com força ao cenário empresarial brasileiro.
