Pesquisadora da UFG é premiada em Londres ao propor uso de células-tronco em testes de cosméticos

Lauren sugere substituir os testes em animais na indústria de cosméticos

Postado em: 23-06-2024 às 10h39
Por: Otavio Augusto Ribeiro dos Santos
Imagem Ilustrando a Notícia: Pesquisadora da UFG é premiada em Londres ao propor uso de células-tronco em testes de cosméticos
Estudante ganhou prêmio Lush Prize 2024. Foto: Reprodução/ Instagram

A mestranda Lauren Dalat, do Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas da Universidade Federal de Goiás (UFG), alcançou reconhecimento internacional ao ser premiada no Lush Prize 2024, em Londres. Com um projeto inovador, Lauren sugere substituir os testes em animais na indústria de cosméticos por um modelo que utiliza células-tronco extraídas de dentes.

A pesquisa, conduzida pela jovem de 25 anos, demonstrou que essas células-tronco podem identificar substâncias em cosméticos que possam causar malformações congênitas em bebês. Atualmente, esses testes são realizados em animais ou em células derivadas deles, métodos que, segundo Lauren, não garantem a precisão necessária nas reações humanas.

Durante a premiação, Lauren apresentou uma plataforma que combina pele humana 3D com células-tronco dentárias para testar substâncias cosméticas. Sua proposta foi premiada na categoria Jovem Pesquisador, garantindo-lhe um prêmio de 10 mil libras esterlinas (aproximadamente R$ 69 mil). O valor será investido na continuidade da pesquisa, que ainda precisa de desenvolvimento antes de ser adotada pela indústria.

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Lauren integra um grupo de pesquisa na UFG, orientado pela professora Marize Campos Valadares, focado em encontrar alternativas aos testes em animais. O trabalho é realizado no Laboratório de Ensino e Pesquisa em Toxicologia In Vitro da Faculdade de Farmácia da UFG (Tox In-FF/UFG).

A pesquisadora destaca que o uso de células-tronco dentárias oferece um método mais ético e confiável para testar cosméticos, eliminando a necessidade de animais e garantindo maior segurança para os consumidores. “O principal problema da testagem em animais, além de ser eticamente questionável, é a variação entre espécies. A resposta do animal pode não ser igual à resposta humana”, explicou Lauren.

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