Dólar tem maior alta em cinco meses

O dólar comercial encerrou esta terça-feira (15) vendido a R$ 3,763, com alta de R$ 0,111 (3,02%)

Postado em: 15-03-2016 às 18h00
Por: Redação
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O dólar comercial encerrou esta terça-feira (15) vendido a R$ 3,763, com alta de R$ 0,111 (3,02%)

Em um dia de instabilidades políticas, a moeda
norte-americana teve a maior alta em cinco meses. A bolsa de valores teve o
maior recuo em 40 dias. O dólar comercial encerrou esta terça-feira (15)
vendido a R$ 3,763, com alta de R$ 0,111 (3,02%). Essa foi a maior alta diária
desde 13 de outubro do ano passado, quando a cotação tinha subido 3,58% (R$
0,13).

Na bolsa de valores, o dia também foi de turbulência. O
índice Ibovespa, da Bolsa de Valores de São Paulo, fechou a sessão em baixa de
3,56%, aos 47.130 pontos. Essa foi a maior queda diária desde 2 de fevereiro,
quando o indicador tinha caído 4,87%.

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O dólar operou em alta durante toda a sessão. Na mínima do
dia, por volta das 11h30, chegou a ser vendido a R$ 3,66, perto da
estabilidade. Nas horas seguintes, no entanto, a cotação disparou, depois da
divulgação do conteúdo da delação premiada do senador Delcídio do Amaral (MS) e
em meio a notícias não confirmadas de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva aceitou assumir um ministério. Delcídio pediu hoje desfiliação do PT.

A bolsa de valores operou em baixa durante todo o dia. No
entanto, após a divulgação da delação premiada o Ibovespa ampliou a queda. As
ações da Petrobras, as mais negociadas, tiveram forte recuo. Os papéis
ordinários (que dão direito a voto em assembleia de acionistas) caíram 6,6%,
para R$ 8,91. Os papéis preferenciais (que dão preferência na distribuição de
dividendos) despencaram 10,68%, para R$ 6,61.

Além da instabilidade interna, o cenário internacional
contribuiu para o desempenho do mercado financeiro. A queda do preço das commodities –
bens primários com cotação internacional – fez as principais bolsas de valores
do mundo fechar em queda.

Por causa da desaceleração da economia chinesa, que em 2015
teve o menor crescimento em 25 anos, o preço das commodities tem
caído significativamente nos últimos meses. Nas duas últimas semanas, as
cotações internacionais de minérios e de produtos agrícolas chegaram a subir,
mas os preços reverteram a trajetória e voltaram a recuar.

O desempenho da economia chinesa prejudica países
exportadores de commodities, como o Brasil. Com menos dólares de
exportações entrando no país, a cotação do dólar é pressionada para cima.
(Agência Brasil)

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