Desemprego fica em 9,5% de novembro a janeiro

Taxa é a maior em 4 anos segundo pesquisa divulgada ontem, pelo IBGE

Postado em: 25-03-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Taxa é a maior em 4 anos segundo pesquisa divulgada ontem, pelo IBGE

A taxa de desemprego no país ficou em 9,5% no trimestre encerrado em janeiro, segundo os dados da Pesquisa Nacional Por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada na quinta-feira pelo IBGE. O resultado acelerou frente ao trimestre imediatamente anterior, encerrado em outubro, quando a taxa foi de 9% e é o pior da série histórica, iniciada em 2012. Também cresceu, 2,7 ponto percentual, em comparação ao mesmo trimestre do ano anterior, quando a taxa ficou em 6,8%. O levantamento engloba dados de todos os estados do país.

A população desocupada foi estimada em 9,6 milhões de pessoas, crescimento de 6% ou mais 545 mil pessoas em relação ao trimestre de agosto a outubro de 2015. Na comparação com igual trimestre do ano passado, subiu 42,3% ou mais 2,9 milhões de pessoas a procura de trabalho. Este número de dispensas é o maior já registrado em um ano na pesquisa do IBGE.

Já a população ocupada, de 91,7 milhões de pessoas, apresentou redução de 0,7% quando comparada com o trimestre de agosto a outubro de 2015 – 656 mil pessoas a menos. Em comparação com igual trimestre de 2015, foi registrada queda de 1,1%, (1 milhão de pessoas a menos).

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O número de empregados com carteira assinada ficou estável frente ao trimestre de agosto a outubro de 2015. Na comparação com igual trimestre do ano anterior, a redução foi de 3,6% (1,3 milhão de pessoas a menos).

“O mercado não dispensou apenas os temporários, dispensou mais. Isso mostra que a situação não é favorável. Nós vemos isso por meio do número recorde de desocupação e da redução de ocupação. Os números mostram o mercado de trabalho em condições nada favoráveis”, explica Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE. “O número de pessoas em idade de trabalhar subiu e o de pessoas ocupadas caiu. Com isso, a taxa de pessoas ocupadas fica menor”. 

Renda real permanece estável 

O rendimento médio real habitualmente recebido em todos os trabalhos foi estimado em R$ 1.939. Ficou estável frente ao trimestre de agosto a outubro de 2015 (R$ 1.948) e caiu 2,4% em relação ao mesmo trimestre do ano passado (R$ 1.988).

A massa de rendimento real habitualmente recebida pelas pessoas ocupadas em todos os trabalhos (R$ 172,8 bilhões) registrou estabilidade em relação ao trimestre de agosto a outubro de 2015, e apresentou uma redução de 3,1% frente ao mesmo trimestre do ano anterior.

O grupo de empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada ficou estável frente ao trimestre de agosto a outubro de 2015. Na comparação com igual período do ano passado, houve redução de 3,6%. Ou seja, 1,3 milhão de pessoas ficou sem emprego formal.

A categoria dos empregados no setor privado sem carteira de trabalho assinada apresentou redução de 4,2% em relação ao trimestre de agosto a outubro de 2015 (-425 mil pessoas) e retração de 5,9% quando comparado ao mesmo trimestre do ano anterior (-614 mil pessoas).

A participação de empregadores caiu 4% em relação ao trimestre de agosto a outubro de 2015 (-161 mil pessoas) e não apresentou variação significativa em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. Já a categoria dos trabalhadores por conta própria registrou aumento de 2,8% em relação ao trimestre de agosto a outubro de 2015 (622 mil pessoas) e, na comparação com o mesmo trimestre de 2015, foi verificado um aumento de 6,1% (1,3 milhão de pessoas). (Agência O Globo)

 

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