Crise política e econômica atrapalha leilão da Celg

Segundo executivo da Eletrobras, grupos interessados na empresa têm pedido mais tempo para analisar o projeto

Postado em: 30-03-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Segundo executivo da Eletrobras, grupos interessados na empresa têm pedido mais tempo para analisar o projeto

O presidente da Eletrobras, José da Costa, admitiu na manhã de ontem que a atual crise política e econômica do país tem atrasado o leilão de privatização da Celg. O leilão estava previsto para ocorrer até o fim deste mês, mas agora só deverá acontecer em maio, segundo o executivo. Costa disse que está sendo feito o detalhamento do edital, que deverá ser publicado em abril, possibilitando a realização do leilão em maio.

Segundo o executivo, o atraso no leilão também se deve ao pedido de mais tempo dos interessados para avaliarem as possibilidades de participação no leilão. O executivo está participando de seminário em realização de seminário da Associação Brasileira de Consultores de Engenharia (CBE), no Rio. “Os grupos interessados na Celg têm pedido mais tempo para analisar o projeto”, explicou Costa.

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O preço mínimo de venda da Celg será de R$ 2,8 bilhões, mas o valor total desembolsado pelos compradores deverá chegar a pelo menos R$ 5,2 bilhões por conta das dívidas da companhia que serão assumidas pelos novos controladores. (Agência O Globo) 

Cobrança extra de energia chega ao fim

 A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) confirmou oficialmente que os consumidores de energia elétrica do país deixarão de pagar custos extras nas contas de luz a partir de abril, com a mudança da bandeira amarela para o nível verde. A alteração já havia sido antecipada pelo Ministério de Minas e Energia no início deste mês.

Segundo a Aneel, três fatores colaboraram para o fim das cobranças. O primeiro foi a melhora no nível dos reservatórios com as chuvas favoráveis do verão; segundo foi a redução da demanda por energia; e terceiro foi a entrada em operação de novas usinas.

Em janeiro, a bandeira vermelha implicava custo de R$ 4,50 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Essa cobrança caiu a R$ 3,00 em fevereiro e, na mudança para a bandeira amarela, para R$ 1,50 neste mês de março.

A queda da cobrança vem colaborando para a redução da taxa de inflação neste ano. Em março, por exemplo, o Itau Unibanco passou de uma perspectiva de variação nula da energia elétrica neste ano para redução de 3%. “A redução nos valores da conta de luz neste ano, após alta de 51% no ano passado, será proporcionada pelo alívio em componentes que tinham pressionado os custos do setor em 2015”, segundo relatório do banco de 10 de março, após o anúncio da bandeira verde em abril. (AG)

 

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